Entenda a importância da doação de sangue durante a pandemia

Nesta quarta-feira (25), é considerado o Dia Nacional do Doador de Sangue, data importante de conscientização. A ideia é demonstrar a necessidade das pessoas serem voluntárias assíduas nas campanhas de doação sanguínea, mesmo durante o momento em que vivemos, de distanciamento social devido à pandemia de Covid-19.

A doutora Fernanda Santos, hematologista do Hospital 9 de Julho, localizado na capital paulista, reforça sobre a relevância da data, já que há muitos pacientes que podem ser beneficiados com a ação. “Precisamos ter um banco de sangue disponível para cirurgias, transplantes, pacientes oncológicos, dependentes de transfusão por doenças hematológicas”. 

Sobre os tipos sanguíneos, todos são sempre necessários para doação. Mas, segundo a médica, os mais frequentes de saída são os tipos A e O, que estão em estado crítico. De acordo com o Ministério da Saúde, os bancos hospitalares de sangue estão passando por um desabastecimento em escala mundial, por causa da quarentena. Segundo dados, a coleta de bolsas de 450ml caiu 2,5% nos últimos 4 anos, mesmo com que necessidade tenha aumentado. 

Embora muitos não saibam, a transfusão durante a pandemia é segura, sem oferecer qualquer tipo de risco ao doador e a quem receberá o sangue. “Não existem casos de transmissão de coronavírus por transfusão e o procedimento segue as recomendações de precauções”, diz. Para que não haja aglomerações nos postos de coleta, atualmente, o interessado em doar precisa realizar agendamento prévio no site do banco de sangue escolhido. 

Requisitos e restrições para doação

-Estar em boas condições de saúde, não apresentando gripe ou processo infeccioso (febre, mal-estar, dor ou diarréia);

-Não estar em jejum, porém evitar alimentos gordurosos;

-Ter peso mínimo de 50kg e idade entre 18 e 60 anos (candidatos com idade entre 61 e 69 anos poderão doar se já realizaram alguma doação antes dos 60 anos);

-Não ter feito tatuagem há menos de um ano; endoscopia/colonoscopia há menos de 6 meses e cirurgias recentes;

-Vacinas, tratamento dentário e uso de medicação entrar em contato para orientações;

-Durante a pandemia, os doadores que tiveram contato com pacientes com coronavírus devem aguardar 14 dias do contato e doadores que tiveram coronavírus devem aguardar 30 dias da cura;

Lembrando que, no dia agendado, não se pode doar quem não estiver portando documento de identificação com foto, emitido por órgão oficial. Os documentos aceitos, de acordo com a doutora, são: carteira de identidade, carteira de motorista, carteira de trabalho, passaporte, reservista e carteira profissional emitida por classe.

Após a doação, todo o sangue é testado quanto à presença de doenças que possam ser transmitidas pela transfusão. Ele é processado e separado em produtos – concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e plasma. “Uma doação pode ajudar a salvar até 3 vidas”, explica Fernanda. 

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