The Town: mega-produção de Katy Perry deixa o público do festival sorrindo à toa

Encerrando a segunda edição do festival, Perry uniu pirotecnia e carisma em um show para ficar marcado na história

Neste último domingo (14), o The Town encerrou sua segunda edição no Autódromo de Interlagos com uma apresentação apoteótica de uma das maiores divas pop do século XXI: Katy Perry.

Para o festival, a cantora adaptou sua turnê mundial The Lifetimes Tour, que já passou pela América do Norte, Oceania e agora chega à América Latina, com shows no Chile, Argentina e Brasil — incluindo São Paulo, Curitiba e Brasília. A tour ainda seguirá para Europa, Ásia e Oriente Médio.

A californiana mais querida do pop foi recebida calorosamente por seus fãs, os Katycats — muitos deles fantasiados a caráter — que a aguardaram pacientemente sob o clima instável de Interlagos, que variou entre sol forte e chuviscos gelados.

O show traz a marca registrada de Katy Perry: uma apresentação colorida, narrativa, sensual e divertida.

O pano de fundo do concerto é uma pequena história contada nos interlúdios entre os atos. A trama é a seguinte: em um mundo distópico de videogame, uma Inteligência Artificial maligna, chamada Mainframe, capturou todas as borboletas do planeta. É então que surge Katy Perry, ou melhor, sua personagem KP143, que tem a missão de libertar as borboletas e derrotar a vilã.

Cada ato do espetáculo representa um nível do videogame. Katy abriu a performance com a canção Artificial, surgindo suspensa dentro de uma esfera luminosa, deixando claro desde o início que o show seria grandioso e pirotécnico.

Nesse primeiro bloco, ela apresentou também os sucessos Chained to the Rhythm e Dark Horse — este último embalado pelo público que brincou com o meme “Meu nome é Júlia” em coro. Katy ainda resgatou uma faixa pouco conhecida de sua carreira, Teary Eyes, lançada em 2020 no álbum Smile. Antes de cantá-la, declarou ao público: “Não tema as suas lágrimas, elas estão te curando.”

O ato seguinte foi uma sequência de hits que marcaram sua trajetória: Teenage Dream, California Gurls, I Kissed a Girl e mais. Não deixou de fora a polêmica Woman’s World, lançada no ano passado como single principal do álbum 143.

Depois, Katy nos levou ao “Nirvana”, com músicas recém-lançadas como I’m His, He’s Mine e uma versão remix de Crush, assinada pela própria, recriando o clássico de 1998 de Jennifer Paige.

Houve ainda interação direta com os fãs: o público votava na canção a ser cantada, em um bloco com figurino exclusivo da América do Sul referente ao disco Smile, e o escolhido da noite, o Katycat André, subiu ao palco. Ele brincou de flertar com a cantora, que chegou a pular em seu colo e o transformou em percussão da sua banda durante The One That Got Away.

Outro destaque foi o ato da luta contra a Mainframe, com sabres de luz, ninjas e canhões substituindo braços — tudo coreografado ao som de E.T., Part of Me e a belíssima Rise, na qual Katy mostrou toda sua potência vocal.

No grand finale, com a missão cumprida e as borboletas libertadas, a cantora celebrou em um mar de cores, fogos de artifício e confete. O repertório incluiu tanto faixas recentes, como Daisies (2020) e Lifetimes (2024), quanto seus maiores hinos — Roar e Firework — consagrando um dos pontos altos de todo o festival.

Com uma estrutura grandiosa, pirotecnia, seis trocas de figurino, coreografias, carisma e muito humor, Katy Perry mostrou mais uma vez que, em qualquer fase da carreira, permanece incomparável. Como performer, não há no mercado quem se iguale ao seu estilo único: vulnerável e brincalhão, mas sempre poderoso e cheio de talento. Nesta apresentação, Katy Perry reafirma que não existe — e nunca existirá — outra igual a ela. E que sorte a nossa poder testemunhar tamanha grandiosidade.

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