CEO da Live Nation diz que shows são “subvalorizados” e compara preços com eventos esportivos

O CEO da Live Nation, Michael Rapino, afirmou que os shows são “subvalorizados“. A declaração veio em discurso na conferência Game Plan da CNBC em conjunto do Boardroom.

Para reforçar o ponto, Rapino comparou o preço dos ingressos de concertos musicais com os valores das entradas de eventos esportivos. Ele disse (via Rolling Stone):

A música tem sido subestimada…No esporte, eu brinco que é como um símbolo de honra gastar 70 mil por um assento na quadra do Knicks. Eles me batem se cobrarmos US$ 800 pela Beyoncé.”

O diretor executivo completou: “Temos muita pista pela frente. Então, quando você lê sobre o aumento dos preços dos ingressos, o preço médio dos shows ainda é de US$ 72 (R$ 380,84 na cotação atual). Imagine ir a um jogo dos Lakers para isso, e há 80 deles. O show está subvalorizado e já faz muito tempo.”

Ele não negou que o preço dos ingressos subiu nos últimos anos, mas apontou investimentos na maior qualidade dos espetáculos aos fãs. Como exemplo, Michael citou a última turnê de Beyoncé, “Cowboy Carter”, dizendo que a cantora tinha “62 caminhos de transporte” para a agenda de shows.

É um Super Bowl que ela está organizando todas as noites. Dez anos atrás, talvez houvesse dez caminhões.”

Pesquisa aponta endividamento de brasileiros por conta de shows

Uma pesquisa recente do Serasa apontou que brasileiros estão se endividando por conta de shows musicais. Publicado em setembro, o levantamento aponta que 23% dos entrevistados afirmam ter gastado além do que podiam em ingressos ou produtos de artistas. Os mais fiéis, 20%, dizem ter viajado para outro estado, ou até para fora do país, para acompanhar uma apresentação do ídolo.

Em casos mais extremos, 9% admitiram ter deixado de pagar contas para ir ao show do artista favorito.

Entre os maiores obstáculos para este público, o valor dos ingressos é a barreira mais citada, lembrado por 44% dos entrevistados. Distância (19%), falta de tempo (17%) e preocupações com segurança (10%) também pesam na balança e ajudam a explicar por que muitos não conseguem estar presentes em todos os eventos que gostariam.

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