Robert Plant achou que nunca mais iria entrar num estúdio de gravação para lançar um novo álbum. Após a despedida do Led Zeppelin dos palcos, o vocalista até trabalhou no disco solo “Carry Fire”, que chegou ao mundo em 2017, mas não soltou grandes novidades nos anos seguintes.
“Este dia nunca iria chegar, porque originalmente não iria chegar“, disse em entrevista ao podcast Rockonteurs (via Ultimate Classic Rock). “Chega de discos, ponto final. “A questão é que eu nunca pensei que isso fosse um começo para mim. Eu simplesmente não queria fazer [mais álbuns].”
Mas os planos mudaram quando Robert conheceu a banda Saving Grace, que o acompanha na estrada desde 2019. Juntos, eles lançaram em setembro uma coletânea inédita homônima, marcando o primeiro trabalho original em cerca de oito anos.
Entre os principais destaques, o grupo revisitou clássicos que os moldaram como artistas musicais. Isso fez com que o eterno vocalista do LZ se lembrasse dos prazeres em estar nos estúdios.
“Sabe, há uma infinidade de músicas que conhecemos tão bem hoje como parte de um cânone da música popular contemporânea que remonta a 50 ou 60 anos“, compartilhou. “Se você pensar em ‘House of the Rising Sun‘, quando os Animals vieram de Newcastle, foram ao estúdio de Mickie [Most] e fizeram aquilo, eles nem ouviram a gravação. Eles foram direto para Brighton para tocar, ou algo assim. Essa música, como todas aquelas músicas [clássicas], se transforma em algo diferente.”
Sobre o último álbum de Robert Plant
O disco leva o nome da atual banda de Plant. Fazem parte do grupo os músicos Suzi Dian (vocal e acordeon), Matt Worley (banjo e arranjos de cordas), Oli Jefferson (bateria), Tony Kelsey (guitarrista) e Barney Morse-Brown (violoncelo).
Em comunicado à imprensa, Robert elogiou os colegas: “Essas são pessoas doces, e estão finalmente expressando tudo aquilo que nunca conseguiram colocar para fora antes. Tornaram-se estilistas únicos, e juntos parecem ter chegado a um lugar dos mais interessantes.”
Ao todo, o álbum contará com nove faixas e terá releituras de músicas como “It’s a Beautiful Day Today”, de Moby Grape, “Soul of a Man”, de Blind Willie Johnson, e “Ticket Taker”, de Low Anthem.


