O cantor Lô Borges morreu no último domingo (2) aos 73 anos. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Unimed em Belo Horizonte, Minas Gerais, desde o dia 17 de outubro.
A informação da morte foi confirmada pelo Hospital Unimed. Em nota, escreveram: ” Hospital Unimed – Unidade Contorno informa com pesar o falecimento do músico, cantor e compositor Lô Borges, aos 73 anos, na noite de ontem, 2 de novembro de 2025, às 20h50, em decorrência de falência múltipla de órgãos. A Unimed-BH se solidariza com a família, amigos e fãs pela irreparável perda para a música brasileira.”
A saúde de Lô Borges
Em 17 de outubro, o músico deu entrada no Hospital da Unimed em Belo Horizonte por causa de uma intoxicação por medicamentos. Ele teve um mal estar e, então, compareceu ao local. “O estado de saúde é de estabilidade, com todos os paramentos clínicos em bom nível”, afirmava o boletim médico da época.
Em 25 de outubro, precisou passar por uma traqueostomia e ventilação mecânica. Ambos ajudam em sua respiração. O irmão, Yé Borges, declarou que o quadro de saúde do músico é grave, mas estável. Ainda não há previsão de alta no momento.
Pouco tempo depois, no dia 27 do mesmo mês, precisou de uma hemodiálise, em que uma máquina simula a função dos rins, filtrando e limpando o sangue.
Quem foi Lô Borges
Lô Borges é um dos nomes mais influentes da música popular brasileira. Cantor, compositor e multi-instrumentista, o artista ganhou destaque como um dos fundadores do movimento Clube da Esquina, ao lado de Milton Nascimento.
O coletivo musical mineiro revolucionou a cena nacional nos anos 1970 ao misturar elementos do rock progressivo, jazz, música clássica e regional brasileira. Além da parceria com Bituca, também disponibilizou seu álbum homônimo de estreia, conhecido como o “disco do tênis”, por causa da capa que exibe um par de tênis surrado.
Entre suas composições mais conhecidas estão “O Trem Azul”, “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “Cravo e Canela” e “Canção do Novo Mundo”.
O último trabalho original veio em 2024, com o chamado “Tobogã“. O título homenageia o pai, Salomão Borges, que lançou um livro de mesmo nome em 1987.
Fora da indústria musical, Lô ganhou um documentário sobre sua vida produzido pelo cineasta Rodrigo de Oliveira. Batizado “Toda Essa Água“, a sinopse adianta:


