Na última quinta-feira (18), estreou o terceiro capítulo da saga idealizada por James Cameron, “Avatar: Fogo e Cinzas”, concebida como uma pentalogia. Durante a press tour do filme, o diretor concedeu uma entrevista ao jornal canadense The Globe and Mail, em que afirmou não “pensar” no Oscar e criticou a falta de reconhecimento da Academia – votante do mais importante prêmio do cinema – para produções de ficção científica.
“Eu não penso muito sobre o Oscar. Intencionalmente, eu não penso nisso neste momento. Não tento fazer um filme para agradar à sensibilidade deles [da Academia]… eles geralmente não costumam reconhecer filmes como ‘Avatar’ ou filmes de ficção científica. Ficção científica quase nunca é devidamente reconhecida”, afirmou Cameron em entrevista com o crítico Barry Hertz.
“Denis Villeneuve fez esses dois filmes magníficos de ‘Duna’ e, aparentemente, esses filmes se fazem sozinhos, porque ele nem foi considerado como diretor, nem mesmo pelo Sindicato dos Diretores. Tipo, ok, você pode jogar o jogo dos prêmios ou pode jogar o jogo que eu gosto de jogar, que é fazer filmes que as pessoas realmente vão assistir. Desculpa aí!”, concluiu o cineasta.
Denis Villeneuve é um cineasta canadense responsável pelo desenvolvimento da atual franquia cinematográfica “Duna”, adaptação da obra literária homônima de Frank Herbert. Até o momento, dois filmes da saga foram lançados, em 2021 e 2024, e o terceiro longa tem estreia prevista para dezembro de 2026.
Ambos os longas acumulam mais de 15 indicações ao Oscar – com os dois figurando na categoria de Melhor Filme – e oito vitórias. No entanto, nenhum dos filmes foi contemplado em Melhor Direção.
Sobre “Avatar: Fogo e Cinzas”
Em “Avatar: Fogo e Cinzas”, a trama dá continuidade aos acontecimentos após o confronto decisivo da produção anterior, “o caminho da Água”. Na sequência, os Na’vi e seus aliados do clã marítimo Metkayina enfrentam as consequências imediatas da batalha, tentando se recompor enquanto recolhem os armamentos humanos que afundaram no leito do oceano e lidam, de forma mais profunda, com as marcas do luto deixadas pelo conflito.
O filme, que é narrado por Lo’ak (Britain Dalton), em vez de Jake (Sam Worthington), como nos precedentes, introduz uma nova tribo rival dos Na’vi, de perfil violento, liderada pela implacável Varang (Oona Chaplin), que se alia ao coronel Miles Quaritch (Stephen Lang) e aos colonizadores humanos.


