“Tudo pode ser roubado" (Giovana Madalosso), "O poder do hábito" (Charles Duhigg) e "As maravilhas" (Elena Medel) são nossas dicas de livros para o final de semana.
Confira mais detalhes sobre cada uma das obras abaixo:
Tudo pode ser roubado – Giovana Madalosso
Em “Tudo pode ser roubado”, Giovana Madalosso conta a história de uma garçonete viciada em roubar coisas caras. Com os furtos de artigos de luxo, geralmente feitos em casas de pessoas aleatórias, a mulher de 29 anos consegue uma renda extra todos os meses. Ela pensava não deixar rastros até que, em determinada noite, recebe em seu local de trabalho uma proposta irrecusável: um milionário quer, a qualquer custo, a primeira edição de “O Guarani” (1857), arrematada em leilão por um professor universitário nada disposto a vendê-la. A partir daí, o leitor acompanha a busca da protagonista pelo exemplar raro. Os capítulos são curtos e, apesar dos diálogos não serem acompanhados de travessão, a leitura é rápida. Lugares de São Paulo e reflexões sobre a cidade caótica sob a perspectiva da autora, que não nasceu na capital, trazem singularidade para a obra.
O poder do hábito – Charles Duhigg
Charles Duhigg, repórter investigativo do New York Times, mostra em “O Poder do Hábito'' porque certas pessoas têm dificuldades em mudar a rotina, enquanto outras conseguem isso facilmente. Segundo o autor, entender como os hábitos funcionam é a base para ter sucesso na vida e por meio de estudos e exemplos do cotidiano, o norte-americano tenta provar o seu ponto.
As maravilhas – Elena Medel
“As maravilhas” retrata os diferentes pesos que o dinheiro e a família podem ter na vida de uma pessoa. O romance mostra a história de três gerações diferentes (avó, filha e neta) que viveram na Espanha e nunca se conheceram. Cada uma delas passou por momentos precários no país, desde perdas, expectativas não alcançadas e trabalhos indesejados para o próprio sustento. Vencedor do Prêmio Francisco Umbral de “Livro do Ano” em 2020, a obra tem como pano de fundo as manifestações feministas espanholas. José Luís Peixoto, autor português, destaca: “'As Maravilhas' é um romance que olha para as pessoas e para a história com uma nitidez avassaladora. Entre o que há de melhor na literatura contemporânea”.