Nesta terça-feira, 7 de maio, se comemora o Dia do Silêncio. A data, instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem como objetivo conscientizar as pessoas dos prejuízos à saúde que a poluição sonora provoca.
Apesar de parecer contraditório, o silêncio também é um forte instrumento quando o assunto é música. Ele pode ser usado tanto em sua forma literal, com toda a sonoridade parando por um momento, quanto em sua temática para compor os versos.
Nisso, John Cage superou todas as obras já criadas que tenham o silêncio como participante. Isso porque 4’33” não conta com nenhum som.
Dia do Silêncio: John Cage e sua música silenciosa
4’33” é uma música de 1952 de John Cage, compositor e maestro, que conta com quatro minutos e meio de puro silêncio.
A obra é carregada do movimento happening, forma de expressão das artes visuais que, também, apresenta características das artes cênicas. Assim, o nome da composição não acontece de forma aleatória.
Isso porque Cage se movimenta três vezes durante toda a apresentação. Os gestos acontecem em minutos específicos que, quando somados, resultam em 4’33”. Ademais, estes mesmos movimentos insinuavam que uma música estava prestes a começar, mas nada além de barulhos externos, como ruídos vindos da própria plateia, ressoavam pelo espaço.
A performance teve como objetivo justamente trazer a importância do silêncio, bem como a sua introdução nas artes e na música.
Sobretudo, a composição igualmente levanta uma reflexão sobre ouvir o próprio silêncio. Esse convite a pensar sobre o assunto também se mostra válido mesmo em mais de sete décadas após seu lançamento. Questionamentos como: “o silêncio realmente existe?” e “como apreciar o silêncio em um mundo tão barulhento?” são algumas das avaliações que 4’33” traz aos ouvintes.
Abaixo, confira a apresentação de 4’33”.
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