A revista estadunidense Paste Magazine produziu uma lista com os melhores álbuns da história. O ranking completo traz 300 discos.
Sobre o processo de produção deste material, foi convocado todo o grupo de profissionais da empresa, incluindo redatores, editores, estagiários e freelancers, que enviaram suas listas individuais dos 20 melhores álbuns de todos os tempos. Em seguida, a Paste Magazine juntou e compilou tudo em uma versão final.
Segundo o veículo, eles demoraram 22 anos para finalizar esta seleção. Sobre as escolhas, pontua-se: “O critério para o que constitui um ‘grande álbum’, para nós, fica em algum lugar entre influência e atemporalidade. É assim que você consegue uma lista com Talking Heads, Death, Mariah Carey e Lana Del Rey”.
Abaixo, confira quem são os invejáveis destaques:
Os 10 melhores álbuns da história, segundo a Paste Magazine
#10 The Beach Boys: Pet Sounds (1966)
A famosa boy band The Beach Boys ocupa a notória décima posição dos 300 melhores discos de todos os tempos. Com mais de de vinte coletâneas lançadas, o destaque ocorreu com “Pet Sounds”, disponibilizado em 1966.
Para a revista norte-americana, o trabalho “é caótico e frenético, com certeza, mas também é muito mais – construído a partir de fragmentos de música que aparecem de cantos escuros e ângulos ocultos para confrontá-lo com sua beleza extraordinária, capricho e habilidade trabalhando em uníssono para criar caminhos ousados para o futuro”.
#9 Milton Nascimento & Lô Borges: Clube da Esquina (1972)
Se engana quem pensa que o Brasil ficaria de fora deste ranking. Aliás, quem representa, e muito bem, o país em meio a tantos outros álbuns conhecidos mundialmente é Milton Nascimento e Lô Borges na parceria “Clube da Esquina”, de 1972.
De acordo com a revista, o disco trabalha “com malhas de pop barroco e folk, com toques de psicodelia e MPB. O Clube da Esquina se inspira tanto nos Beatles quanto em Chopin – criando um dos projetos sul-americanos mais ricos já compostos. Com 64 minutos de duração, o álbum duplo nunca supera a sua própria criatividade”.
#8 Nina Simone: Wild is the Wind (1966)
“Wild is the Wind” fica ainda melhor quando se tem conhecimento que todas as faixas são, na verdade, proveitos de descartes de outros projetos de Nina Simone. Assim, isso só exalta sua genialidade na indústria musical.
Sobre as canções, o veículo destaque algumas obras: “Faixas como a faixa-título, “Lilac Wine” e “What More Can I Say?” operam no nível do gospel, deixando Simone extrair cada grama de sangue do material enquanto o peso distintivo de sua voz transforma o que poderiam ser simplesmente baladas melancólicas em transmissões de um poder superior”.
#7 Fishmans: Long Season (1996)
O Japão também integra a lista dos melhores álbuns da história, de acordo com a Paste Magazine. Intitulado “Long Season”, o projeto do grupo Fishmans chegou ao mundo em 1996, apresentando uma única canção que dura 35 minutos.
“Cada segundo de Long Season se transforma no seguinte, lentamente se desenrolando como uma abertura sincera, importante e improvisada, em vez de um trabalho árduo e autoritário de melancolia”, pontua a revista.
#6 OutKast: Stankonia (2000)
OutKast fez sucesso nos anos 90 com um som voltado para o Dirty South e G-Funk, mas, posteriormente, também flertaram com os estilos funk, soul, electronica, rock, Rap, crunk, jazz e blues. “Stankonia” veio no momento certo, alavancando ainda mais o sucesso do grupo.
“Dado que Stankonia ganhou platina cinco vezes nos Estados Unidos, os próprios rappers provavelmente se sentiram como aquela criança”, escreveu a Paste Magazine.
Os 5 melhores álbuns da história, segundo a Paste Magazine
#5 The Beatles: Abbey Road (1969)
Para acalmar o coração dos fanáticos por Beatles, o famoso grupo aparece na lista de melhores álbuns da história. Na quinta posição, eles marcam presença com o famoso “Abbey Road”, lembrado até hoje por sua icônica capa na faixa de pedestres.
Ademais, o disco ainda possui um carinho especial por marcar o fim da trajetória do quarteto. A revista declara: “Eles se reuniram como amigos para uma volta de vitória que trouxe o canto folclórico de “Here Comes The Sun”, a linha de baixo distinta e funky de “Come Together”, o impressionante solo de bateria de “The End” e os cantos emocionantes de “Oh! Darling”.
#4 Prince: Sign o’ the Times (1987)
Amado por muitos, e criticado por alguns outros. De qualquer forma, Prince deixou seu legado na indústria musical. Apesar de vivenciar seu auge com “Purple Rain”, ele se faz presente na quarta posição com “Sign o’ the Times”, de 1987.
“O álbum é sexual, provocativo, descolado, terno e cheio de medo – e a sobrevivência que Prince enfrenta em Sign o’ the Times é ampliada por sua própria confiança inabalável diante de uma dor de cabeça incerta”, descreveu a produção.
#3 Kate Bush: Hounds of Love (1985)
As artistas femininas estão muito bem representadas com Kate Bush ocupando a terceira colocação dos melhores álbuns de todos os tempos. Mesmo lançada há quase 40 anos, “Hounds of Love” continua vivo atualmente, sendo, aliás, incluído em 2022 na série “Strangers Things”, da Netflix.
Além disso, também ressurgiu em outros momentos, como relembra o ranking: “Desde que alcançou o 3º lugar no Reino Unido e o 30º lugar nos EUA em 1985, “Running Up That Hill” voltou às paradas sempre que apareceu em um importante artefato cultural: em 2012, alcançou o 6º lugar no Reino Unido após seu uso na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de Londres”.
#2 The Cure: Disintegration (1989)
Pode-se dizer que The Cure explorou seus mais sombrios e pesados sentimentos em “Disintegration”, lançado ainda nos anos 80. Aliás, eles tinham todo o direito de fazer isso em seu oitavo capítulo na música.
“Cada uma das 12 músicas é sua própria vitrine para as introduções extensas e sinuosas do grupo que induzem uma névoa melancólica antes de recompensar sua paciência com a voz inconfundível de Smith”, relembra a Paste Magazine.
#1 Stevie Wonder: Songs in the Key of Life (1976)
Em primeiríssimo lugar, Stevie Wonder se destaca com toda sua genialidade presente em “Songs in the Key of Life”. Mesmo com um título tão grande, ele conseguiu conquistar o mundo através de suas composições.
Estima-se que 130 pessoas ajudaram na produção deste disco. “Este é um registro de 21 canções construídas do zero por um círculo dos maiores músicos que já pegaram um instrumento de qualquer tipo ou cantaram uma nota. Nenhum álbum duplo é tão infalível quanto Songs in the Key of Life, e é provável que nenhum disco seja feito novamente que sequer passe pela órbita deste”, finaliza a revista.