R.E.M.: membros concedem primeira entrevista em quase 30 anos

R.E.M. começou como uma banda universitária e rapidamente cresceu até virar um renomado grupo. Sobretudo, eles foram um dos precursores do rock indie, chegando ao topo das paradas pop com um catálogo de 15 álbuns de estúdio. Hoje (13), a banda será reconhecida por sua trajetória ao ser incluída no Hall da Fama dos Compositores.

A icônica banda, composta pelo vocalista Michael Stipe, Peter Buck na guitarra, Mike Mills no baixo e Bill Berry na bateria, decidiu se separar em 2011 após uma longa parceria de música. 

Assim, em uma entrevista inédita após quase três décadas, eles contaram sobre a história da banda, a separação, o Hall da Fama e muito mais.

R.E.M. se reúne para rara entrevista

Pela primeira vez em quase 30 anos, os quatro membros originais do REM participaram juntos em uma entrevista ao “CBS Mornings”.

“Você sabe, nós vivemos ou morremos com base na força de nossas músicas. Portanto, esta é uma grande honra”, disse Buck sobre ser introduzido no Hall da Fama ao lado dos colegas.

“É a coisa mais difícil que fazemos. E é a coisa em que mais trabalhamos desde o início”, acrescentou Mills. A banda começou na Universidade da Geórgia, em Athens. No início da carreira, ele disse que escreviam as músicas o mais rápido que podiam “só para colocar comida na mesa”.

Mas o quarteto rapidamente encontrou seu som. A maior parte de suas composições surgiram no mesmo espaço de ensaio na cidade natal. “Parecia o destino para mim. Quando aconteceu, sem dúvida, já estava certo”, disse Stipe.

Eles apareciam no estúdio todas as tardes com uma lista de ideias, assim viam se alguma delas inspirava um dos membros ddo grupo. Mills, Buck e Berry rascunhavam as faixas e depois deixavam a letra para Stipe, que Mills apontou como um dos melhores “melodistas” do mundo. O grupo comentou que algumas músicas vieram facilmente, como o maior sucesso deles, “Losing My Religion”.

O final amigável da banda

Em 1995, Berry sofreu um aneurisma cerebral duplo durante um show na Suíça. Ele se recuperou, mas deixou a banda dois anos depois. O R.E.M. continuou, mas nunca recuperou totalmente seu equilíbrio antes de se separar em 2011.

Após a saída de Berry, Buck admitiu que eles tiveram dificuldade para chegar a um acordo sobre o futuro musical. “Mal conseguíamos concordar sobre onde ir jantar. E agora podemos concordar com qualquer coisa”, disse Buck.

Mas os membros da banda estão entusiasmados por se reconectarem para comemorar uma grande conquista.

“Estamos aqui para contar a história, na mesma mesa, com profunda admiração e amizade para toda a vida”, disse Stipe. “Muitas pessoas viveram nos palcos, mas não podem afirmar isso.”

No final das contas, os companheiros disseram que nunca pensaram em encerrar, todos menos Berry, claro. “Aquela foi uma época estranha para mim”, explicou ele. “E eu tornei isso estranho para esses caras também.”

Entretanto, seus colegas de banda disseram que respeitaram sua decisão. Berry explicou que sua cirurgia cerebral e recuperação reduziram seu nível de energia e que ele não tinha a mesma motivação de antes. “Acho que desistimos na hora certa”, disse Buck.

Embora eles estejam se reunindo para celebrar seu ilustre catálogo, não espere uma turnê de reunião do R.E.M. Quando questionado sobre o que seria necessário para uma última reunião, Mills brincou: “Um cometa”. Os membros concordaram que não havia nada que os fizesse reconsiderar a decisão.

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