Com mais Pelé e futebol feminino, Museu do Futebol reabre com três dias gratuitos

O Museu do Futebol, um dos mais visitados de São Paulo, voltou a ser uma opção de passeio na cidade nesta sexta-feira (12). O espaço foi reaberto com entrada gratuita depois de ficar oito meses em reforma. Até domingo (14), ninguém paga ingresso.

Foi a maior transformação no museu desde a inauguração em 2008. Quem conhecia tudo, não conhece mais. Todo o acervo de antes segue, mas há novas salas que trazem ainda mais histórias e memórias ao público.

Uma delas, a “Sala Pelé”, é inteiramente dedicada ao Rei do Futebol. O maior jogador de todos os tempos nos deixou em 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos. A exposição conta com, ao menos, duas raridades. Uma já estava lá: a camisa da seleção brasileira vestida por Pelé na final da Copa do Mundo de 1970.

A outra acaba de chegar: a camisa do “Jogo da Rainha”, usada pelo Rei para defender a seleção paulista contra a carioca em uma partida com a presença da Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, nas tribunas do Maracanã, em 1968.

Camisa usada por Pelé na seleção paulista de 1968

Outro golaço do remodelado Museu do Futebol são as novas instalações para contar a história do futebol feminino no Brasil. As novidades estão tanto na “Sala das Origens”, quanto na “Sala das Copas”. A instituição já vinha abraçando a causa desde 2015.

As mostras resgatam fotos de mulheres brasileiras batendo bola em 1920, até aqui os registros mais antigos, e lembram o período de proibição do futebol feminino no país (1941-1983). Além disso, acrescentam as histórias das Copas disputadas por mulheres, a partir de 1991.

Tecnologia audiovisual e interatividade continuam sendo a tônica. Quem estava com saudade daquele chute a gol, pois saiba que agora dá para trabalhar outros fundamentos em outros jogos. Ganham adultos e principalmente crianças e adolescentes.

Amarrando as chuteiras

O Museu do Futebol está completamente seguro, garante a administração. Em junho, o jornal “Folha de São Paulo” revelou a existência de uma coluna com rachadura. Na época, a concessionária Allegra Pacaembu, que administra o estádio e não o museu, e a concessionária Linha Uni, responsável por obras da Linha 6-Laranja do Metrô na região, trocaram acusações sobre a responsabilidade.

Fato é que o próprio museu consertou. “Embora tenha sido apontada inexistência de qualquer risco por equipe de engenharia especializada que realizou vistoria técnica no local, o Museu do Futebol realizou o reparo na coluna existente na estrutura interna da arquibanca. A intervenção foi feita de comum acordo com a Concessionária Allegra Pacaembu”, disse em nota.

Em abril, o urbanista e ex-vereador Nabil Bonduki chegou a denunciar supostos danos por causa das obras da Allegra no estádio, hoje com o nome de Mercado Livre Arena – Pacaembu. O Museu do Futebol nega qualquer problema, seja pela própria reforma ou de outro ente; confirma uma infiltração durante os próprios trabalhos, já resolvida.

Por fim, toda a reforma custou R$ 15,8 milhões, investimento da Secretaria da Cultura,
Economia e Indústria Criativas de São Paulo e parceiros. Entre 2022 e 2023, o Museu do Futebol recebeu 675 mil visitantes e, agora, poderá receber muitos mais. Assim sendo, o funcionamento ocorre de terça a domingo, das 9h às 18h, e o ingresso custa R$ 24 (inteira), R$ 12 (meia), sendo gratuito todas as terças-feiras.

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