O festival Chic Show lotou o Allianz Parque, neste sábado (13), marcando a celebração da 50ª edição na capital paulista. Durante este tempo, o baile se firmou por valorizar a música negra como uma fonte poderosa de inspiração e transformação pessoal.
Confira, abaixo, os principais destaques do evento:
50 anos de Chic Show:
Sandra Sá abriu o evento às 13h20, mesmo com o público ainda ocupando apenas uma parte da pista e das cadeiras. Mas a plateia estava atenta e animada, cantando junto os refrãos de sucessos como “Bye Bye Tristeza”, “Olhos Coloridos” e “Dançando com a Vida”. Sobretudo, Sá igualmente emocionou com interpretações de clássicos como “Blues da Piedade”, de Cazuza, “Flor de Lis”, de Djavan, e “Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua”, de Sérgio Sampaio. Tudo isso serviu para aquecer o público numa tarde gelada de 16ºC.
O segundo artista do line-up, Rael, seguiu cativando com um show dinâmico que misturou várias influências da black music. Assim sendo, ele destacou seu icônico “Hip Hop É Foda”, fez uma versão de Bob Marley e prestou homenagem ao evento com o cover de “Le Freak”, de Chic. Aliás, a performance do artista incluiu a emocionante “It’s A Man’s Man’s Man’s World”, de James Brown, evocando a atmosfera dos anos 70 e recordando a participação histórica dele na edição do Chic Show de 1978. No meio do espetáculo, Rael convidou todos a dançar o “passinho” ao som de “Envolvidão”.
Posteriormente, Criolo assumiu o palco com uma entrada vibrante, acompanhado por uma percussão pulsante e uma energia que eletrizou a plateia. Em seu repertório não faltaram os clássicos “Convoque Seu Buda”, “Esquiva da Esgrima”, além do emblemático “Não Existe Amor em SP“. Fora isso, DJ Dan Dan animou ao tocar “Bam Bam” de Sister Nancy, incentivando o público a dançar os tradicionais passinhos do evento.
Um momento especial foi quando Criolo e sua banda dançaram ao som de “Lean On Me” de Bill Withers, música que marcou os anos 80 com a versão do Club Nouveau. Para encerrar, aproveitando os arranjos da música “Linha de Frente”, o rapper homenageou Adoniran Barbosa com “Saudosa Maloca”, finalizando seu show em clima de roda de samba.
Jimmy “Bo” apresenta seus maiores sucessos
O americano Jimmy “Bo” Horne, que se apresentou no Chic Show nos anos 80, retornou aos palcos com uma banda afiada, composta na maioria por brasileiros, incluindo os backing vocals. Com um repertório cheio de clássicos das pistas de dança, a noite ganhou ainda mais animação ao som de músicas como “You Get Me Hot”, “Dance Across the Floor” e “Spank”, além dos hits do KC & The Sunshine Band, que colaborou com Horne em várias composições.
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Simoninha, filho de Wilson Simonal, abriu a apresentação do penúltimo artista da noite. Vestido com um elegante terno xadrez azul, Mano Brown dominou o palco com sua banda Boogie Naipe, celebrando o melhor da música negra dos anos 70. Em um momento íntimo, Brown compartilhou: “Estar aqui tocando com uma banda de funk neste baile que tanto curti é a realização de um sonho para mim.”
O rapper do Racionais MC’s misturou raps com vocais soul music de Lino Krizz, enquanto os dançarinos complementavam a performance com movimentos sincronizados. Trazendo ainda mais sentido à festa, Brown prestou homenagem ao eterno “Rei do Soul brasileiro”, Tim Maia, com “Mal de Amor”.
Lauryn Hill no Chic Show
Após o atraso de uma hora que deixou a plateia ansiosa, Lauryn Hill finalmente tomou o palco com sua presença marcante e cheia de potência. A lenda do R&B apresentou os sucessos do álbum “The Miseducation Of Lauryn Hill”. Sobretudo, não deixou de fora os Fugees, incluindo no repertório “Ready or Not”, ao lado de Wyclef Jean.
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A noite também contou com participações especiais de seus filhos YG Marley e Zion Marley, que brilharam ao som de “Praise Jah In The Moonlight” e o dueto “Hips Don’t Lie”, de Zion com Shakira.
Entre cada apresentação, os DJs mantiveram o público do Allianz Parque envolvido com uma seleção de hits da festa e interações animadas pelo microfone. Assim, garantindo o ritmo e a energia se mantivessem ao longo do dia.
