Rebeca Andrade tornou-se nesta segunda-feira (5) a maior medalhista do Brasil na história dos Jogos Olímpicos. Com as duas medalhas de Tóquio-2020 e outras quatro nesta edição, em Paris, ela chegou a seis, quebrando o recorde anterior dos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt com cinco cada um.
Assim como ocorre no futebol, os momentos de títulos e premiações suscitam comparações. Onde poderíamos posicionar Rebeca entre as mulheres do esporte nacional? Dois ouros, três pratas e um bronze olímpicos colocam a ginasta em qual posição no ranking histórico?
Certamente, Rebeca Andrade já está entre a maiores, e o tempo mostrará o impacto de seu legado. A fim de evitar polêmicas, a Alpha FM deixará para os leitores as colocações, mas citará nomes de algumas das gigantes do desporto nacional.
Marta (futebol)
A Rainha tem seis bolas de ouro da FIFA, de melhor jogadora do ano. Além disso, tem duas medalhas de prata em Olimpíadas (2004 e 2008) e um vice na Copa do Mundo de 2007. Seu nome batizará o prêmio de gol mais bonito do ano da FIFA no futebol feminino.
Maria Esther Bueno (tênis)
Quando tudo era mato, ela brilhou na grama e tantos outras quadras. Maria Esther marcou o esporte brasileiro no século 20, ganhando 170 títulos, entre simples e duplas. Neste montante, estão 19 Grand Slams, os principais torneios internacionais. Na “sagrada” grama de Wimbledon, foram três conquistas. Por quatro temporadas (1959, 1960, 1964 e 1966), foi considerada a melhor tenista do mundo.
Hortência (basquete)
Ao lado de outras grandes atletas, como Magic Paula e Janeth Arcain, a Rainha Hortência levou o Brasil a grandes feitos no basquete feminino. Na seleção, onde estreou com 16 anos, foi campeã mundial em 1994 (Austrália) e medalha de prata na Olimpíada de 1996 (Atlanta). A Federação Internacional de Basquete considera Hortência a melhor jogadora de todos os tempos em mundiais. Além disso, está no Hall da Fama da FIBA e do basquete feminino e é a maior pontuadora da história da seleção com mais de 3 mil pontos.
Maria Lenk (natação)
Essa é outra que o termo pioneirismo cai bem. Porque a patrona da natação brasileira, título póstumo dado em 2022, foi a primeira nadadora sulamericana a competir em Olimpíadas. Lenk participou dos Jogos de 1932, em Los Angeles, e de Berlim, em 1936. A performance olímpica foi freada pela Segunda Guerra Mundial. Maria Lenk está no Hall da Fama Internacional da Natação e ajudou a desenvolver o nado estilo borboleta.
Isabel Salgado (vôlei de quadra e praia)
A “Isabel do Vôlei” nos deixou recentemente, em novembro de 2022, porém seu legado é eterno, menos pelas conquistas e mais pela abertura de portas às demais. Ela disputou duas Olimpíadas (Moscou-1980 e Los Angeles-1984) no vôlei de quadra e, no começo dos anos 1990, passou ao vôlei de praia. Isabel também foi treinadora e liderou movimentos por direitos da mulheres no esporte, tendo sido uma das primeiras a jogar grávida.
Menções honrosas: Aida dos Santos (salto em altura), Daiane dos Santos (ginástica), Ana Marcela Cunha (águas abertas), Magic Paula (basquete), Sissi (futebol), Maya Gabeira (surfe), Yane Marques (pentatlo moderno), Mayra Aguiar (judô).