A jornalista e apresentadora Glenda Kozlowski, 50, é a 4ª entrevistada do Alpha Pod, o podcast da Alpha FM apresentado pelo jornalista e empresário artístico Celso Giunti. O episódio já está no ar (veja abaixo).
Durante o bate-papo de quase uma hora, Glenda relembrou fatos da vida pessoal e profissional que definiram seu jeito de ser. Um desses acontecimentos foi a perda da mãe, quando estava grávida do primeiro filho e tinha só 19 anos de idade.
“Minha maior preocupação sempre foi ter a chance de criar os meus filhos, porque a minha mãe não teve e foi muito difícil viver sem minha mãe. Sem os conselhos, o amor, o colo dela. Eu nunca tive colo. Eu e minha irmã (Wladia) somos muito próximas por causa disso, eu sou o colo da minha irmã e minha irmã é o meu colo. A minha mãe era tudo na minha vida”, contou.
Glenda Kozlowski é mãe de dois filhos: Gabriel, 28, e Eduardo, 18. Além de cuidar deles, ela dedica boa parte do dia a cuidar da própria saúde. Tudo começa com uma sessão de meditação, que faz desde os 11 anos, depois duas horas de academia.
“Eu optei em ser fiel a mim mesma. Eu tive que controlar os meus horários e me posicionar. Então, não tem muito jeito. Tudo eu marco depois de uma certa hora, porque a manhã, bem cedinho, 6h, 7h, 8h, esse horário ele é meu, independentemente o que aconteça”.
A jornalista disse que não tem medo de envelhecer e ressalta que o objetivo principal não é ter barriga de tanquinho ou coisa parecida. “Eu quero viver com qualidade, eu quero ter 90 anos com qualidade”, pontuou.
Glenda e os esportes
Na infância e adolescência, Glenda Kozlowski era uma típica garota do Rio de Janeiro, que vivia na praia. Junto das amigas, pegou gosto pelo bodyboard, ainda que quisesse ser jogadora de vôlei. Foi mal com a bola, rejeitada numa escolinha, mas se deu bem com a prancha.
Glenda ganhou com 13 anos o primeiro campeonato mundial de bodyboard (1987), sendo campeã quatro vezes da modalidade. Ela viajava com o pai para as competições no Havaí, Califórnia e Austrália. Um de seus financiadores foi o surfista Ricardo de Souza, o Rico de Souza.
Depois de sofrer um pouco no começo, conseguiu prosperar. ”Ganhei dinheiro, viu. Porque os meus patrocinadores eram muito bons. Meus patrocinadores eram Texaco, Cashmere Bouquet. Rica não, mas ganhei dinheiro para uma adolescente”, revelou.
Conhecida do público, depois do esporte profissional e participação em dois filmes e uma minissérie, foi convidada para trabalhar no SporTV, em 1992. A trajetória pelo Grupo Globo durou 27 anos, dos quais 20 foram no programa Esporte Espetacular.
“Eu trabalhei muito, mas aprendi muito também. Sou muito grata ao Grupo Globo. Eles me deram todas as oportunidades”, entre as quais cobrir Copas do Mundo e Olimpíadas. Atualmente, Glenda apresenta o “Melhor da Noite”, na Band, e declarou que não sente falta dos tempos de atleta.
“A minha competição é outra hoje em dia, a minha adrenalina é outra. É um programa ao vivo diário. Eu pego uma onda de Nazaré (Portugal) todo dia. A minha profissão também me deu aquilo que eu pudesse sentir falta (no esporte).”
Glenda Kozlowski revelou, por último, que quer devolver o que o esporte a proporcionou. São dois projetos: um instituto para financiar atletas e um produto licenciado, a “Glendinha”, para estimular a prática de esporte entre as crianças.