Céline Marie Claudette Dion, mais conhecida apenas como Céline Dion, é uma cantora franco-canadense, nascida no dia 30 de março de 1968, em Charlemagne, Quebec, Canadá. Cresceu em uma casa cheia, sendo a 14ª filha de Thérèse Tanguay e Adhémar Dion.
Conforme relembra a biografia em seu site oficial, Céline teve contato com a música logo cedo, com seus pais e irmãos formando uma espécie de banda improvisada que tocava em pequenas reuniões na cidade. Sobretudo, o que era para ser apenas um passatempo acabou se tornando algo sério para a futura cantora.
Assim, aos 12 anos de idade, Céline escreveu sua primeira canção, intitulada “Ce n’était qu’un rêve“. Acompanhando de perto o talento da menina, sua mãe enviou uma fita cassete contendo a demo da música para o empresário canadense René Angélil, que já havia trabalhado com a artista Ginette Reno, ídola da família Dion. Aliás, o produtor estava justamente à procura de novos talentos, e teve a certeza de ter achado o que buscava quando ouviu a jovem cantar.
Então, em 1981, Céline Dion já se encontrava nas lentes da televisão. A estreia aconteceu no talk-show de Michel Jasmin, ao som de “Glory Alléluia”.
Primeiros prêmios e o começo da fama
A partir daí, a trajetória de Céline Dion seguiria em constante ascensão. René decidiu apostar todas as fichas na garota ao gastar todas as economias na produção do primeiro álbum dela. Chamou o renomado letrista Eddy Marnay, que colaborou em hits de Édith Piaf, Yves Montand e Barbra Streisand, para ajudar nesta missão.
“A primeira vez que Marnay ouviu Celine cantar, ele exclamou: ‘É a voz do Bom Deus!’. ‘La voix du bon Dieu‘ se tornaria seu primeiro sucesso“, relembra o portal oficial da artista. Assim sendo, no dia 9 de novembro de 1981, Dion disponibilizava seu primeiro álbum da carreira. Ao todo, apresentou nove faixas.
No ano seguinte, ganhou aos 14 anos a medalha de ouro no Festival Mundial da Canção Popular, também conhecido como Festival Yamaha da Canção. Por lá, entoou “Tellement j’ai d’amour pour toi“, escrita por Marnay e Giraud, para uma audiência de 115 milhões de telespectadores.
Show na Olimpíada de 1996
De 1981 à 1996, Céline Dion disponibilizou diversos álbuns, mesclando o francês, sua língua original, e o inglês, para começar a consolidar sua carreira internacional. Sobretudo, o que a alavancou para o mundo foi sua apresentação na cerimônia de abertura da Olimpíada de Atlanta, realizada em 1996.
Por lá, apresentou o clássico “The Power of the Dream“, canção escrita especialmente para a competição esportiva. Entre os créditos da composição, estão nomes como David Foster, Linda Thompson e Babyface.
No mesmo ano, ainda lançava o quarto álbum em inglês, intitulado “Falling into You“. Na coletânea, encontra-se o famoso cover da música “All By Myself“, que potencializou ainda mais sua habilidade vocal, a colocando em patamares similares com outras lendas da indústria, como Whitney Houston e Mariah Carey.
O sucesso de “My Heart Will Go On”
Mesmo com todo o sucesso que já possuía, ela conseguiu ir ainda além com a ajuda do megahit “My Heart Will Go On“, composto na trilha sonora do filme “Titanic“, de 1997. Curiosamente, Dion não queria gravar a faixa.
Durante uma entrevista, a cantora achou que seria “demais” e repetitivo cantar outra música de um filme. Isso porque a obra “Because You Loved Me” marcou presença na produção de “Up Close and Personal” no ano anterior.
Contudo, a história de “Titanic” ficou responsável por fazer Céline mudar de opinião e aceitar a proposta de emprestar sua voz ao som. “De repente, todos começaram a chorar e eu também. E acabou que a demo virou a própria versão final”, revelou ela.
Com o filme exposto nas telonas de todo o mundo, “My Heart Will Go On” ganhou o Oscar de Melhor Canção Original, além de ajudar a fazer com que a trilha sonora do filme se tornasse a mais vendida da história, com 30 milhões de cópias comercializadas.
Céline Dion se torna mãe
No ápice de sua carreira, Céline Dion anunciava a chegada do primeiro filho com René Angélil, com quem se casou em 1994. Batizado Rene-Charles Angelil, o menino nasceu em um hospital na Flórida, em 25 janeiro de 2001.
Ela, que já vivia uma espécie de tempo sabático, já que a última apresentação nos grandes palcos havia acontecido há cerca de 2 anos na época, retornou com uma nova coletânea em 2002, intitulada “A New Day Has Come“. O trabalho confirmou a falta que a artista fazia na indústria musical ao atingir o primeiro lugar nas paradas de 17 países, incluindo no Canadá, França, EUA, Reino Unido e Austrália.
Após mais uma série de apresentações até 2009, com destaque para uma bem-sucedida residência em Las Vegas, Dion anunciou outra pausa na carreira pela vinda do segundo filho. Assim, em 23 de outubro de 2010, deu à luz gêmeos: Nelson e Eddy.
A luta de René contra o câncer
Em 2013, veio uma notícia chocante: René voltou a ser diagnosticado com câncer na garganta. Vale lembrar que o renomado empresário ficou sabendo da doença ainda em 1999. Céline até tentou cancelar os compromissos por um tempo, mas o marido a pediu que continuasse a se apresentar: “Diva à noite; mãe, esposa e cuidadora durante o dia“, relembra em seu site.
Em 14 de janeiro de 2016, René Angélil faleceu.
Os próximos anos
Após enfrentar o duro luto do companheiro, a dona de “My Heart Will Go On” decidiu encontrar forças na música. Então, deu continuidade à série de shows no Colosseum, em Roma, na Itália.
Ainda, recebeu o prêmio Lifetime Achievement Icon Award de seu filho, René-Charles, além de disponibilizar a canção “Encore un soir” como homenagem ao marido.
Síndrome da Pessoa Rígida
Saltando para 2022, outra notícia chocante na trajetória de Céline Dion: a descoberta da Síndrome da Pessoa Rígida. Então, em um vídeo publicado em suas redes sociais, ela anunciou o cancelamento de seus compromissos.
“Embora a gente esteja aprendendo sobre essa condição rara, sabemos que é isso que está causando todos os espasmos que tenho tido. Dói dizer a vocês que isso significa que não estarei pronta para recomeçar minha turnê na Europa em fevereiro. Tenho uma equipe de médicos trabalhando ao meu lado para me ajudar a melhorar e meus filhos, que estão me apoiando e me ajudando. As apresentações na Europa da turnê “Courage” acontecerão agora em 2024.”
Em 2024, após uma primavera reclusa, ela fez uma aparição surpresa na cerimônia do Grammy e emocionou a plateia ao conduzir a premiação da categoria “Álbum do Ano”.
Posteriormente, anunciou um documentário sobre sua luta contra a doença. Intitulado “I Am: Céline Dion“, a obra está disponível no catálogo do Prime Video.
Retorno triunfal na Olimpíada de Paris 2024
Céline Dion se apresentou pela primeira vez em mais de dois anos em um grande palco. O local escolhido para o feito foi, nada mais, nada menos, que a Olimpíada de Paris 2024, na qual ficou responsável pela última apresentação.
Tendo a Torre Eiffel como cenário de fundo, a cantora entoou uma emocionante versão de “Hymne à l’amour”, de Édith Piaf. Aliás, confira abaixo um trecho do espetáculo:
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