Na noite do último domingo (05), a cerimônia do Globo de Ouro 2025 aconteceu em Los Angeles. Por conseguinte, para nós brasileiros, a grande vencedora da noite foi Fernanda Torres, que representou nosso país e levou o prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama.
Torres se tornou a primeira brasileira a ganhar uma honraria na área de atuação na história da premiação. Dessa maneira, Fernanda consolida sua extensa e próspera carreira no mercado internacional.
Relembre momentos marcantes da vida profissional da atriz carioca!
Festival de Cannes – “Eu sei que vou te amar” (1986)
Como esquecer de 1986, quando Fernanda Torres se tornou destaque em festivais de cinema internacionais. Isto é, aos 21 anos, a intérprete venceu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Cannes por seu desempenho em “Eu sei que vou te amar”, drama dirigido e escrito por Arnaldo Jabor.
Inicio da parceria com Walter Salles – “Terra Estrangeira” (1995)
Sobretudo, o primeiro longa da acrônica parceria de Salles e Torres estreou em 1995. “Terra Estrangeira” conta com direção de Walter Salles e Daniela Thomas e com o protagonismo de Fernanda Torres.
Filmado em preto e branco, o enredo é um retrato da experiência imigrante, contando a história de brasileiros em Portugal.
“O que é isso, companheiro?” (1997)
Outrossim, “O Que É Isso, Companheiro?” se tornou uma obra de grande impacto do cinema brasileiro. O longa estrela Fernanda Torres como Maria, uma militante contra a ditadura militar.
Em suma, o longa narra a história das organizações de esquerda MR-8 e Ação Libertadora Nacional, que atuavam contra o autoritarismo militar brasileiro durante a ditadura, e que sequestraram o embaixador americano com o intuito de serem ouvidas pelo governo vigente.
O longa, dirigido por Bruno Barreto, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Fátima em “Tapas e Beijos” (2011-2015)
Analogamente, uma das mais marcantes interpretações de Torres foi na série brasileira “Tapas e Beijos”, onde deu vida à Fátima.
O seriado durou de 2011 a 2015, com cinco temporadas no ar. Em suma, a comédia segue a amizade entre Fátima e Sueli (Andréa Beltrão) e suas aventuras juntas em solos cariocas.
Como escritora – “Fim”, “A glória e seu cortejo de horrores”…
Mas não para por aí! Além de uma atriz condecorada, Fernanda Torres se tornou uma autora publicada em 2013, com o lançamento de seu primeiro romance, “Fim”. Desde então, a escritora teve duas obras lançadas: “Sete Anos” e “A Glória e Seu Cortejo de Horrores”.
“Ainda Estou Aqui” e aclamação internacional
“Ainda Estou Aqui” marca a volta de Walter Salles ao cinema, sendo seu primeiro longa ficcional em 12 anos. Com ele, está sua parceira de longo prazo, Fernanda Torres.
A película é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Em síntese, o autor discorre, em quase 300 páginas, suas memórias, primordialmente, em relação à sua mãe, Eunice Paiva.
A protagonista da história, Eunice, foi personagem importante na luta pela democracia no período da Ditadura Militar brasileira, especialmente após a prisão e desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, em 1971.
No filme, Fernanda Torres vive a matriarca da família Paiva, e dessa forma, traz à luz a sua luta por justiça após a perda do marido, como advogada e mãe de cinco filhos. Analogamente, Fernanda Montenegro, mãe de Torres, interpreta Paiva já na velhice, com diagnóstico de Alzheimer.
No último domingo, Torres venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama por seu desempenho como Eunice. Na mesma categoria estavam nomes como Angelina Jolie, Nicole Kidman, Kate Winslet e Tilda Swinton.
“Ainda Estou Aqui” está disponível em cinemas de todo o Brasil.
