O processo de plágio movido pelo compositor brasileiro Toninho Geares contra a britânica Adele ganhou um novo capítulo. Agora, a defesa do cantor alega que documentos entregues pelos advogados da estrangeira possam ser falsos.
Conforme antecipado pelo portal Splash, do UOL, há “irregularidades” na procuração apresentada pelos advogados dos réus, ou seja, de Adele e de sua gravadora Universal Music. Entre os indícios, o documento teria “rasuras e entrelinhas inseridas à mão“.
Ainda, o texto apresenta uma mistura de palavras em português e inglês, com destaque para a data na assinatura: “São Paulo, 19 December de 2024“.
Sobretudo, a medida acontece em meio à outra atualização sobre o caso. Recentemente, o juiz Victor Torres, da 6ª Vara empresarial do Rio de Janeiro, manteve a decisão de suspender a reprodução da música “Million Years Ago” no Brasil. A faixa em questão é analisada por plágio da canção “Mulheres”, de Toninho Geraes.
Além disso, Torres ainda negou o pedido dos advogados da artista por R$ 1 milhão para cobrir os prejuízos da medida citada.
Adele x Toninho Geraes
Em fevereiro de 2024, o compositor brasileiro Toninho Geraes acusou Adele de ter plagiado a música “Mulheres” (1995) por meio da faixa “Million Years Ago” (2015).
Em dezembro, o juiz Victor Torres, da 6ª Vara empresarial do Rio de Janeiro, vetou a reprodução e comercialização da canção da cantora nas plataformas de streaming sem a autorização de Toninho. Assim, a proibição da veiculação da canção ocorre por “forte indício de quase integral consonância melódica” entre as duas músicas, ainda de acordo com o juiz.
Por outro lado, a Universal Music, uma das acusadas no processo e detentora da Sony Music, que representa a britânica, se manifestou sobre o ocorrido. De acordo com Ancelmo Gois, para O Globo, a empresa nega a possibilidade de plágio. “Em essência, ao fato de diversas músicas utilizarem um clichê musical conhecido como Progressão de Acordes pelo Círculo de Quintas”, disse a defesa.
Ainda, a Universal alega que a liminar é “desproporcional e provoca dano inverso aos réus”. Eles completam afirmando que a suspensão de “Million Years Ago” “acarretará prejuízos econômicos significativos e comprometerá a liberdade artística dos envolvidos”.