Rafael Bittencourt, guitarrista da banda Angra, está preparando um laudo para ajudar na comprovação de que Adele plagiou o compositor brasileiro Toninho Geraes (entenda mais abaixo).
Conforme publicado pelo jornal O Globo, Bittencourt quer provar que a “consonância” entre “Mulheres” e “Million Years Ago” é índice de plágio. Complementando, ele afirmou ao veículo:
“Existem muitas coincidências para que tudo não passe de pura coincidência. As duas obras podem ser executadas simultaneamente sem cacofonia, sem macular a harmonia, a ideia rítmica ou a melodia.”
Sobre o caso, o juiz Victor Torres, da 6ª Vara empresarial do Rio de Janeiro, já concordou que ambas as canções possuem similaridades. Por isso, decidiu suspender a reprodução da canção da artista britânica no Brasil. Contudo, isso não engloba os serviços de streaming, mas afeta a execução em shows, por exemplo.
Além disso, Torres ainda negou o pedido dos advogados da artista por R$ 1 milhão para cobrir os prejuízos da medida citada acima.
Adele x Toninho Geraes
Em fevereiro de 2024, o compositor brasileiro Toninho Geraes acusou Adele de ter plagiado a música “Mulheres” (1995) por meio da faixa “Million Years Ago” (2015).
Em dezembro, o juiz Victor Torres vetou a reprodução e comercialização da canção da cantora sem a autorização de Toninho em razão de “forte indício de quase integral consonância melódica” entre as duas músicas.
Por outro lado, a Universal Music, uma das acusadas no processo e detentora da Sony Music, que representa a britânica, se manifestou sobre o ocorrido. De acordo com Ancelmo Gois, para O Globo, a empresa nega a possibilidade de plágio. “Em essência, ao fato de diversas músicas utilizarem um clichê musical conhecido como Progressão de Acordes pelo Círculo de Quintas”, disse a defesa.
Ainda, a Universal alega que a liminar é “desproporcional e provoca dano inverso aos réus”. Eles completam afirmando que a suspensão de “Million Years Ago” “acarretará prejuízos econômicos significativos e comprometerá a liberdade artística dos envolvidos”.