Após oito anos, Sting voltou ao Brasil. Com a turnê “Sting 3.0”, o eterno vocalista e baixista do The Police trouxe uma apresentação memorável e nostálgica para o Parque Ibirapuera, em São Paulo, neste domingo (16), onde enfileirou uma série de clássicos para uma verdadeira multidão de fãs.
Sem atração de abertura, o pré-espetáculo contou com músicas das mais variadas vertentes do rock, passando por nomes como Green Day, Nirvana, Blink-182, Motörhead e Rush. Apesar do calor, o público, em sua maioria acompanhado de amigos e família, estava animado para o início da performance.
Até que às 19h35, feixes de luz na cor azul surgiram nos telões e Sting, com seu típico baixo antigo Fender Precision e microfone headset, entrou no palco acompanhado pelo guitarrista Dominic Miller e pelo sorridente baterista Chris Maas. Começando com chave de ouro, o hit “Message in a Bottle” deu início ao espetáculo.
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Ao longo de toda a noite, o músico falou poucas palavras. Entre as músicas, pronunciou por diversas vezes “obrigado” em português e enalteceu os colegas de banda. Depois de “Every Little Thing She Does Is Magic”, chegou a dizer também em nosso idioma: “Estou muito feliz em estar aqui com vocês”.
De qualquer forma, o cantor é extremamente expressivo e esbanjou carisma. Mandou beijos, abriu um grande sorriso ao ouvir a plateia cantando em “Can’t Stand Losing You”, mostrou todo seu sotaque britânico, reverenciou o público e pediu palmas a todo momento. Além disso, por mais que tenha recentemente passado por um problema na garganta, o artista entregou vocais e sustentou todas as notas altas de maneira hipnotizante – o que aconteceu, por exemplo, em “Walking on the Moon”.
Uma das maiores surpresas foi “Synchronicity II”, que não apareceu no repertório do Rio de Janeiro, nem dos outros shows realizados em 2025. Claro que sucessos como “Englishman In New York”, numa versão mais orientada ao reggae, “Shape of My Heart”, “Desert Rose” e “Fields of Gold” também não poderiam faltar. Cada música ganhou uma animação especial num grande telão posicionado ao fundo do espaço, que funcionava quase como uma espécie de ambientação.
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Faixas como “Coming Home” e a recém-lançada “I Wrote Your Name (Upon My Heart)”, descrita como uma “canção de amor barulhenta”, ficaram marcadas pela bateria. Já “Mad About You”, por exemplo, se destacou pelo baixo. Antes de tocá-la, Sting explicou que a composição é inspirada por uma história da Bíblia: a do Rei Davi e Bate-Seba, que tiveram uma relação adúltera.
Sting decidiu encaminhar o espetáculo para o fim com dois dos maiores clássicos do The Police responsáveis por colocar a animação lá em cima: “Every Breath You Take” e “Roxanne”. “Fragile”, na qual tocou violão sentado, encerrou a performance de maneira terna e deixando um gostinho de “quero mais”. Parceria com Fantastic Negrito, “Undefeated Eyes” saiu nas caixas de som, enquanto o público ia embora encantado pelo espetáculo apresentado.
Setlist:
Message in a Bottle
If I Ever Lose My Faith in You
Englishman in New York
Every Little Thing She Does Is Magic
Fields of Gold
Coming Home
Synchronicity II
Mad About You
Seven Days
All This Time
Wrapped Around Your Finger
Driven to Tears
Can’t Stand Losing You
Shape of My Heart
I Wrote Your Name (Upon My Heart)
Walking on the Moon
So Lonely
Desert Rose
King of Pain
Every Breath You Take
Roxanne
Fragile
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