Na última quinta-feira (17), chegou aos cinemas o lançamento “Pecadores”, fruto da parceria entre o diretor Ryan Coogler e Michael B. Jordan. Em menos de uma semana de estreia, o filme já se tornou um queridinho pelo público em geral e está gerando apostas para o Oscar 2026. A Alpha já assistiu e te conta o que esperar.
Sinopse
O longa-metragem se passa na década de 30, no sul dos Estados Unidos, e acompanha dois irmãos gêmeos, o Fumaça e o Fuligem. Eles retornam para casa, após passarem 7 anos em Chicago, e decidem abrir um clube de blues. Para isso, eles precisam da ajuda de velhos conhecidos, inclusive do seu primo mais novo, o Sammy, que é um excelente músico.
Durante a inauguração, tudo parece correr bem, até a chegada de um visitante desconhecido. A partir daí, uma noite que deveria ser de alegria, torna-se um verdadeiro pesadelo sobrenatural.
Trilha sonora
Uma das grandes temáticas que Coogler traz para o filme é a força dos blues. Uma das principais correntes da música negra norte-americana, a trilha sonora do longa-metragem conversa com este gênero musical, mas também traz elencos marcantes, como a guitarra elétrica, que acompanha o vilão do projeto o tempo inteiro, além de uma canção irlandesa.
Quem é responsável por trazer a trilha sonora para vida é Ludwig Göransson, parceria de longa data de Coogler, e que venceu o Oscar recentemente pelo seu trabalho em “Oppenheimer”.
Outro destaque interessante é que temos a faixa “Dangerous”, de Hailee Steinfeld, que também atua no projeto como um dos interesses românticos dos protagonistas interpretados por Michael B. Jordan.
Paralelo com a Irlanda
Além de retratar a comunidade negra no século XX, “Pecadores” faz um paralelo muito forte entre o preconceito racial sofrido pelos negros e todos os obstáculos que os irlandeses precisaram sobreviver com a colonização britânica.
Tudo isso fica muito acentuada com um personagem: Rammick. Ele é esta figura vampiresca, que provavelmente sobreviveu a Irlanda durante a Idade Média, e tem a ideia de fundar uma nova comunidade baseada na fraternidade e no amor pela música. É isso que o motiva a ir até a casa de blues dos irmãos Fumaça e Fuligem, após ouvir Sammy tocar.
Um novo olhar para mitologia vampiresca
Apesar do termo vampiro ser utilizado desde o século XVIII, quem popularizou a expressão foi o escritor Bram Stoker com o romance “Drácula”. É ali que vemos grandes clichês da literatura e do cinema de horror, com este ser charmoso e envolvente que se alimenta de sangue humano.
Em “Pecadores”, Coogler utiliza-se de alguns destes estereótipos, como a aversão ao sol, e o uso das estacas no coração para uma morte eficaz. No entanto, ainda assim, o roteiro consegue trazer um novo olhar para este vilão, além de construir uma narrativa de suspense que faz com que os espectadores fiquem na ponta da cadeira até o final do longa-metragem.
Cenas pós-crédito
Importante ressaltar, aliás, que há duas cenas pós-créditos. A primeira delas, inclusive, é bem relevante para a narrativa e deixa uma abertura para uma sequência, caso Coogler decida retornar a este universo em algum momento. Vale a pena ficar até o final!
Confira o trailer abaixo:
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