O filme retrata a trajetória do intérprete Ney Matogrosso, abordando tanto sua carreira na música quanto aspectos de sua vida pessoal. O papel de Ney nas telonas é interpretado por Jesuíta Barbosa, com direção de Esmir Filho.
Naturalmente, a produção não poderia deixar de destacar o início do cantor na banda Secos e Molhados. Com rostos pintados e performances provocativas, o grupo marcou a história da música brasileira. Apesar da breve duração do projeto, os três músicos ganharam projeção nacional e realizaram turnês por todo o país. Ainda assim, para condensar 50 anos de carreira, algumas boas histórias ficaram de fora do longa.
A saída de Ney Matogrosso no programa Fantástico
O filme inclui uma cena que sugere o fim da banda, retratada por meio de uma conversa entre Ney e João Ricardo. Na sequência, os dois discutem os rumos do grupo, incluindo a demissão do empresário Moracy do Val e mudanças contratuais.
Na realidade, no entanto, a saída de Ney foi anunciada em rede nacional, durante o programa Fantástico, sem que João Ricardo tivesse sido previamente informado.
Apresentação no ginásio Nilson Nelson
Um momento emblemático da rebeldia de Ney é representado pela apresentação de 1973, em Brasília, no ginásio Nilson Nelson. Na ocasião, a sogra do então Ministro de Minas e Energia teria se incomodado com o cantor se apresentando com o peito nu. Como resposta, a luz do palco foi cortada, acompanhada de uma ordem direta: “Coloque uma camisa ou o show será cancelado.” Ney se recusou a ceder e manteve sua performance como planejado.
Ameaças de morte
Com mais de 1 milhão de discos vendidos, o fenômeno dos Secos e Molhados despertou a curiosidade do público sobre quem eram os artistas por trás da maquiagem. Ney relembra, inclusive, que chegou a receber cartas com ameaças de morte — mas nunca se deixou intimidar.
Confira o trailer de Homem com H abaixo:
Leia também: Orquestra Furiosa presta tributo a Milton Nascimento na Sala São Paulo


