Na última semana, a Pixar retornou às telonas com uma história inédita. Em “Elio”, acompanhamos um menino sensível e criativo que nunca se sentiu à vontade em seu próprio mundo. Fascinado por vida extraterrestre, ele sonha em ser abduzido — e é exatamente isso que acontece. Ao ser levado por engano para outro planeta, Elio acaba sendo identificado como o embaixador da Terra em uma assembleia intergaláctica. Ele precisa provar que é capaz de representar a humanidade, mesmo sem entender o que está fazendo.
Ainda está em dúvida se vale a pena conferir o filme ou levar as crianças? A Alpha listou cinco motivos para considerar uma ida ao cinema para assistir à animação.
História original e envolvente
“Elio” marca o retorno da Pixar aos cinemas com uma trama inédita, que mistura ficção científica, aventura e elementos familiares. O estúdio tem vivido um período de transição. Desde 2017, o estúdio ainda busca um novo grande sucesso original que alcance o mesmo nível de repercussão de seus lançamentos mais icônicos. Filmes como “Elementos”, “Lightyear” e “Red: Crescer é uma Fera” tiveram recepções variadas e, por diferentes motivos, não repetiram o mesmo impacto junto ao público. Com essa premissa, “Elio” desponta como uma das grandes apostas do estúdio em 2025.
Temas profundos tratados com leveza
Seguindo a tradição do estúdio, o filme aborda questões como família, identidade e luto, com uma narrativa que busca dialogar com diferentes faixas etárias. Os temas são tratados de maneira acessível para o público infantil, mas com espaço para diferentes interpretações. A história propõe múltiplos conflitos paralelos, evitando soluções simplistas.
Humor e representatividade
Além da aventura, o filme inclui momentos de humor e traz elementos de representatividade. A narrativa propõe reflexões sobre pertencimento e diversidade de forma integrada ao enredo. Inicialmente, America Ferrera estava escalada como a mãe de Elio, mas o papel, reformulado como tia, ficou com Zoë Saldaña, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2025 por deu desempenho em “Emilia Pérez”.
Equipe criativa de peso e inspirações sci-fi
Apesar de ser apenas o terceiro longa-metragem de ficção científica da Pixar, “Elio” conta com uma equipe experiente por trás das câmeras. A direção fica a cargo de Adrian Molina, Madeline Sharafian e Domee Shi, trio de cineastas já envolvido em grandes sucessos do estúdio. O projeto passou por mudanças de direção durante a produção – Molina deu lugar à dupla Sharafian e Shi no comando criativo –, mas a essência da história permaneceu intacta, o que se revelou um dos grandes acertos do filme.
Vale destacar que os criadores buscaram referências em clássicos do cinema sobre alienígenas, como “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” e “Alien, o Oitavo Passageiro”, para imaginar o universo de “Elio”.
Visual deslumbrante e trilha sonora surpreendente
“Elio” entrega um espetáculo audiovisual de alto nível. A animação é vibrante, rica em detalhes e visualmente colorida, trazendo de volta a “pitada de mágica” que estava fazendo falta ao estúdio. A trilha sonora é outro destaque: além de arranjos orquestrais envolventes, o filme surpreende ao incluir uma faixa pouco convencional como “Once in a Lifetime”, da banda Talking Heads.


