No último sábado (5), aconteceu no Villa Park, em Birmingham, na Inglaterra, o festival “Back to the Beginning”. Idealizado para a despedida do Black Sabbath e de Ozzy Osbourne dos palcos, o evento contou com a participação de uma série de lendas do rock/metal, como Metallica, Guns N’ Roses, Slayer, Alice in Chains e mais.
Por meio das redes sociais, o guitarrista Tony Iommi agradeceu ao público pelo momento e refletiu a respeito do fim da trajetória da banda. Destacando que “a história está longe de acabar”, o músico compartilhou uma série de imagens dos bastidores e escreveu:
“Obrigado a todos por este fim de semana inesquecível. Que privilégio encerrar nosso último show do Sabbath no Villa Park. Tantas bandas incríveis e os fãs mais leais que eu poderia desejar. Esse capítulo se encerra, mas a história está longe de acabar!”
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Quem também publicou um texto foi Billy Corgan que, ao lado de um supergrupo montado especialmente para a ocasião, cantou “Breaking the Law”, do Judas Priest, e “Snowblind”, do Sabbath. O líder do Smashing Pumpkins escreveu:
“Algumas reflexões sobre um dia belo e cheio de sentimentos: ouvi Black Sabbath pela primeira vez no toca-discos do meu tio, há cerca de 50 anos. Por isso, foi surreal estar em um estádio, ao lado de 45 mil pessoas, para testemunhar o encerramento dessa banda grandiosa, que marcou minha vida de tantas maneiras — pessoalmente, profissionalmente e até em momentos íntimos de troca e companheirismo. Obrigado, Tony, Bill, Geezer e Ozzy, por tudo o que entregaram ao mundo.
Sou profundamente grato à Sharon por me convidar a fazer parte desse momento. Foi uma honra em muitos níveis. E acompanhar os ensaios, ver a paixão nos olhos de tantos — artistas que admiro de longe, outros que conheço de perto — e ver tudo se transformar em quase dez horas de música e união foi algo comovente. A música, claro, é a trilha das nossas vidas. Mas ontem, foi mais do que isso: era como se uma trilha tridimensional estivesse sendo construída ali, ao vivo, para celebrar o retorno simbólico da banda que um dia se chamou Earth.
Toda grande jornada é feita de desafios, perdas e surpresas. É aí que mora a magia. É aí que brotam as lágrimas. Ontem, vibrei de alegria por estar no lugar certo, na hora certa — e me emocionei em silêncio ao ver meus heróis encerrarem sua história com dignidade e encanto. Temos a música, e temos eles guardados no coração. Não é preciso ser músico para sentir isso. Mas talvez ajude a entender o que há de mais misterioso no universo.
Agora, a banda está aqui e não está; segue com a gente, mesmo tendo partido. E talvez esse seja o seu lugar mais bonito.”


