Nesta sexta-feira (8), um dos mais célebres sambistas da música brasileira, Arlindo Cruz, morreu aos 66 anos, no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz.
“Com imenso pesar, a família e a equipe de Arlindo Cruz comunicam seu falecimento. Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria, que dedicou sua vida a levar música e amor a todos que cruzaram seu caminho. Sua voz, suas composições e seu sorriso permanecerão vivos na memória e no coração de milhões de admiradores. Agradecemos profundamente todas as mensagens de carinho, orações e gestos de apoio recebidos ao longo de sua trajetória e, especialmente, neste momento de despedida. Arlindo parte deixando um legado imenso para a cultura brasileira e um exemplo de força, humildade e paixão pela arte. Que sua música continue ecoando e inspirando as próximas gerações, como sempre foi seu desejo”, escreveu a família em nota.
Arlindo integrou o grupo Fundo de Quintal a partir de 1982, gravando 10 discos e consolidando o samba de raiz. Em 1993, iniciou carreira solo com o álbum “Arlindinho”, seguido por parcerias com Sombrinha e outros artistas.
Foi o autor de mais de 795 músicas, muitas eternizadas por vozes como Zeca Pagodinho, Mart’nália e Beth Carvalho. Entre os sucessos estão “O Show Tem Que Continuar”, “Meu Lugar”, “Ainda é Tempo pra Ser Feliz” e “Coisa de Pele”. Também atuou como compositor de sambas-enredo para escolas como Império Serrano, Vila Isabel e Grande Rio, ganhando prêmios como o Estandarte de Ouro.
Diante da carreira prestigiada, o sambista concorreu ao Grammy Latino, importante premiação da música, por cinco vezes com os seguintes trabalhos:
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Melhor Álbum de Samba/Pagode – Sambista Perfeito (2007)
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Melhor Álbum de Samba/Pagode – MTV Ao Vivo (2009)
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Melhor Canção Brasileira (Língua Portuguesa) – Vai Embora Tristeza (2012)
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Melhor Álbum de Samba/Pagode – Herança Popular (2014)
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Melhor Álbum de Samba/Pagode – Na Veia (2015)
