O Coldplay é dono da 2ª turnê com maior sucesso comercial de 2024, mas os músicos não esqueceram de suas raízes. Prestes a superar o recorde de Taylor Swift e Take That de maior número de shows no Estádio Wembley, na Inglaterra, o grupo britânico ressalta a importância de preservar casas de shows que contemplam artistas jovens e independentes.
Nos próximos shows da banda, em Hull e no Wembley, 10% do valor arrecadado será destinado ao Music Venue Trust, organização dedicada a proteger espaços de música popular no Reino Unido. No programa da atual turnê do Coldplay, “Music of the Spheres World Tour“, o vocalista Chris Martin explicou o porquê da decisão.
“Bem, tivemos muita sorte de crescer em um lugar onde havia muitas oportunidades para pessoas desconhecidas se tornarem conhecidas ou adquirirem experiência”, contou ele. Eu sei o quão privilegiados fomos por ter música nas escolas e coisas como a BBC e todos esses lugares onde permitiam que um artista que não enchia estádios se apresentasse.” [via NME]
Ele continua:
“Organizações como a Music Venue Trust são ainda mais importantes neste país desde o Brexit, porque está muito mais difícil para novos artistas tocarem na Europa. Eu só sei que sempre gostaria que as pessoas mais jovens do que nós tivessem ainda mais oportunidades do que tivemos, e certamente não menos.”
O baixista Guy Berryman completou a afirmação do colega e ainda reiterou que “está se tornando cada vez mais difícil ganhar a vida como músico“. “Na verdade, é quase impossível agora”, continuou.
“Então, sentimos que era importante tentar manter viva a essência dos jovens músicos e ajudar a garantir que esses locais de música de base pudessem ser apoiados”, falou Berman. “Porque é preciso começar por aí e progredir – não dá para começar no Estádio de Wembley. Não estaríamos em lugar nenhum sem esses locais. Eles foram cruciais para nós e é crucial que as pessoas ainda tenham essas oportunidades.”
Por fim, Johnny Buckland, guitarrista da banda, descreveu esses espaços contemplados pelo Music Venue Trust como “parte vibrante da nossa cultura“. “Locais pequenos são o ambiente ideal para muitas músicas empolgantes […]. Realmente não há outro lugar para as bandas começarem, e há muito menos delas sobrando”, disse ele. “E nós, como banda, não teríamos nada sem eles. Não sei como alguém nos ouviria.”


