O Itaú Cultural abre, em 13 de dezembro, a exposição Game+: Arte, cultura e comunidade, última grande mostra de 2025 da instituição. A exibição, que permanece em cartaz até 8 de março de 2026, apresenta um panorama abrangente do universo dos videogames, articulando jogos eletrônicos como expressão artística, campo de inovação, ferramenta educacional e setor relevante da economia criativa.
Distribuída pelos três pisos expositivos do instituto, a mostra reúne 51 jogos, 25 consoles e itens que cobrem diferentes épocas e nacionalidades. Oito títulos brasileiros ganham destaque, incluindo Dandara e Huni Kuin: Yube Baitana, contemplado pelo programa Rumos Itaú Cultural. A presença de obras com temáticas indígenas e afro-brasileiras reforça a diversidade e a força autoral da produção nacional.
A exposição dá continuidade ao debate sobre a importância cultural dos games, iniciado pelo Itaú Cultural há mais de duas décadas com Game o quê? (2003) e GamePlay (2009). Com curadoria da instituição e consultoria de Sérgio Nesteriuk, Game+ é organizada em três eixos: Sociedade e economia criativa, Educação e Arte e inovação.
O público encontra, no térreo, uma linha do tempo da evolução dos games no Brasil e no mundo, além de consoles clássicos e menos conhecidos, como o Splicevision (1984). No piso -1, os núcleos Comunidades, Corpo e Movimento, Multiplayers, Educação e Infância apresentam jogos interativos, com títulos como Just Dance e modalidades de E-sports. Murais assinados por Pri Barbosa e pelo coletivo Ohas Crew completam o ambiente.
No piso -2, a mostra reúne 20 jogos independentes, um audiogame acessível para pessoas com deficiência visual e tablets com jogos mobile. O espaço também exibe concept arts dos títulos brasileiros Dandara e Unsighted, revelando processos de criação visual.
A instituição implementou controle de filas para jogos de alta demanda, como Kinect Sports Rivals e Just Dance. Os demais títulos têm tempo de uso limitado a 15 minutos.
Game+ reafirma o papel dos videogames como linguagem cultural contemporânea, capaz de mobilizar narrativas, memórias e comunidades, ampliando o repertório do público e fortalecendo o diálogo entre arte, tecnologia e educação.
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