A exposição “A Ecologia de Monet” acaba de entrar para a história do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Desde sua abertura em maio, a mostra já recebeu mais de 410 mil visitantes, superando o público de todas as outras exposições realizadas no museu.
O número ultrapassou a marca de 402.850 pessoas de Tarsila Popular, em 2019, e deixou para trás também o recorde anterior do próprio Claude Monet, que em 1997 reuniu 401.201 visitantes em uma exposição dedicada ao impressionista francês.
Arte e ecologia em diálogo

“A Ecologia de Monet” apresenta uma leitura contemporânea da obra do pintor francês Claude Monet (1840–1926), destacando sua relação com a natureza, as transformações ambientais e a modernização da paisagem no século XIX. São 32 obras que percorrem diferentes fases da carreira do artista, datadas entre 1870 e 1920, organizadas em cinco núcleos temáticos:
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Os barcos de Monet
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O Sena como ecossistema
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Neblina e fumaça
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O pintor como caçador
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Giverny: natureza controlada
Entre os destaques estão pinturas icônicas como A ponte japonesa (1918–1926) e A ponte japonesa sobre a lagoa das ninfeias em Giverny (1920–1924), além de obras que refletem sobre a industrialização, a fumaça das fábricas e o impacto humano sobre a paisagem.

Devido à enorme procura, a mostra foi prorrogada até 6 de setembro e contará com horários ampliados na última semana, incluindo sessões gratuitas:
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Terça (2/9): das 10h às 24h, entrada gratuita durante todo o dia;
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Quinta (4/9), sexta (5/9) e sábado (6/9): das 10h às 24h, com entrada gratuita das 18h às 23h.
Com curadoria de Adriano Pedrosa (diretor artístico do Masp) e Fernando Oliva, e assistência de Isabela Ferreira Loures, a exposição marca a primeira vez que esse conjunto de obras de Monet é exibido no hemisfério sul.
Mais do que um recorde numérico, a mostra reforça o papel do Masp como referência cultural e artística no Brasil e na América Latina, consolidando a força da obra de Monet e sua atualidade diante das questões ambientais que ainda permeiam o século XXI.


