David Bowie será homenageado pelo Museu Victoria and Albert, em Londres, na Inglaterra, com uma coleção que reúne cerca de 90 mil itens do arquivo do cantor. O acervo será exibido a partir deste sábado (13) no novo espaço David Bowie Centre, localizado no mencionado museu.
De composições inacabadas a um roteiro de musical “secreto”, a exposição acaba de revelar um novo item da coleção do artista: sua lista de 15 músicas favoritas. O material foi descrito como um “memorando para programa de rádio — lista de discos favoritos” [via NME].
Na seleção, aparecem nomes como Beatles, com “Across The Univers”, Sonic Youth, com “Tom Violence”, e Miles Davis, com “Some Day My Prince Will Come”. Abaixo, confira a listagem completa, que está presente no arquivo do Museu Victoria and Albert:
As 15 músicas favoritas de David Bowie
- “Fantasia on a Theme by Thomas Tallis” – Ralph Vaughan Williams
- “Four Last Songs” – Richard Strauss
- “Right Now Right Now” – Alan Freed and His Rock ’N’ Roll Band
- “True Fine Mama” – Little Richard
- “Sho Know a Lot About Love” – The Hollywood Argyles
- “Some Day My Prince Will Come” – Miles Davis
- “Ecclusiastics” – Charles Mingus
- “Beck’s Bolero” – Jeff Beck
- “I Took a Trip on a Gemini Spaceship” – Legendary Stardust Cowboy
- “Across the Universe” – The Beatles
- “Try Some, Buy Some” – Ronnie Spector
- “Mother of Pearl” – Roxy Music
- “Epsilon in Malaysian Pale” – Edgar Froese
- “The Electrician” – The Walker Brothers
- “Tom Violence” – Sonic Youth
David Bowie trabalhava secretamente em um musical antes de morrer; entenda
Pouco antes de nos deixar em janeiro de 2016, David Bowie trabalhava em segredo em um musical ambientado no século 18. Segundo a BBC, o projeto, chamado de “The Spectator”, foi descoberto por meio de notas que estavam trancadas em seu escritório e que foram doadas ao Museu Victoria and Albert, em Londres, na Inglaterra, que possui um extenso acervo do Camaleão do Rock.
De acordo com o veículo, os rascunhos “mostram o fascínio de Bowie pelo desenvolvimento da arte e da sátira na Londres do século XVIII, juntamente com histórias de gangues criminosas e do notório ladrão “Honest” Jack Sheppard”.
Até então, ninguém sabia das anotações, porque “o quarto estava sempre trancado, apenas Bowie e seu assistente pessoal tinham a chave”. Sendo assim, os arquivistas só descobriram agora.
Como mencionado acima, a partir do dia 13 de setembro, o material ficará disponível no museu, no novo espaço David Bowie Centre. “Temos até a mesa [onde ele trabalhava] no Storehouse”, adiantou Madeleine Haddon, curadora-chefe da coleção.
“Ele estava interessado no desenvolvimento dos musicais em Londres no século 18, e em como os musicais eram usados para sátira política, especialmente contra o governo de Robert Walpole. Parece que ele estava refletindo: ‘Qual é o papel dos artistas nesse período? Como os artistas estão criando um tipo de comentário satírico?’. É interessante pensar que Bowie estava trabalhando nisso nos EUA em 2015, diante da situação política que acontecia lá. Será que ele estava refletindo sobre isso: o poder das formas de arte em criar mudanças no nosso próprio momento político?”, acrescentou a profissional a respeito da trama.


