Nesta sexta-feira (21), Ayrton Senna completaria 65 anos. Ídolo eterno do Brasil e do mundo, o piloto era não só um gênio das pistas, mas um amante da música.
Inclusive, uma de suas canções favoritas era “Canção da América”, de Milton Nascimento, com quem cultivou uma bela amizade. Numa publicação realizada em 2020, Bituca contou em detalhes como surgiu a relação entre ambos.
Curiosamente, os dois se conheceram em 1987, no camarim de uma apresentação do cantor em Detroit, nos Estados Unidos. Ele explicou:
“Detroit. Verão de 1987. Eu tinha acabado de fazer o último show da turnê americana daquele ano, quando alguém da minha equipe entra no camarim e fala: ‘tem um piloto de Fórmula 1 aí na porta querendo falar com você’. Era Ayrton Senna. De cara nos tornamos muito amigos.”
Pouco depois, os brasileiros voltaram a conversar, mas, desta vez, num show em Londres, na Inglaterra. Inclusive, o piloto não foi o único a prestigiar a performance: Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones, e Sting, eterno vocalista e baixista do The Police, também estavam lá, como contado:
“Semanas depois eu tinha uma turnê europeia, e no show de Londres lá estava o Ayrton novamente. Me lembro que essa noite tinha sido bem agitada, pois além da presença marcante do Ayrton no camarim, também estavam lá Mick Jagger e Sting! Que coisa, né?”
Senna e Bituca continuaram próximos até 1994, ano em que o piloto nos deixou. Até hoje, o músico lembra com detalhes do último encontro com o amigo:
“Senna e eu tivemos uma vivência muito grande juntos de 87 até 94. Na última vez que nos encontramos, após um show meu em São Paulo (poucos meses antes de sua partida) ele estava se queixando da rotina dele na F1. Foi então que eu lhe disse: ‘Ayrton, por que você não para de correr?’. Ao que ele retrucou imediatamente: ‘E você, por que não para de cantar?’. Assim era Ayrton. Que saudades desse cara, ele sim, o verdadeiro herói brasileiro”.
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