Jards Macalé morreu aos 82 anos nesta segunda-feira (17). O artista estava internado em um hospital na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro, onde tratava um enfisema pulmonar. Ele sofreu uma parada cardíaca e não resistiu.
Ao longo das décadas, o músico trabalhou com nomes como Torquato Neto, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Luiz Melodia, virando símbolo da contracultura pós-tropicalista. Também atuou como ator em produções teatrais e cinematográficas.
Sendo assim, Caetano publicou uma homenagem ao colaborador. Nas redes sociais, ele escreveu:
“Sem Macalé não haveria Transa. Estou chorando porque ele morreu hoje. Foi meu primeiro amigo carioca da música. Antes de Bethânia imaginar que seria chamada para o Opinião, Alvaro Guimarães, diretor teatral baiano, me trouxe ao Rio para montar e mixar o curta para o qual eu tinha feito a trilha. Fui parar na casa de Macalé. E ele tocou violão. Me encantei. Ele tocou com Beta, lançou composições, chamei-o para Londres e: Transa. Na volta, ele e eu seguimos na música. Que a música siga mantendo a essência desse ipanemense amado. Beijo carinhoso para Rejane.”
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Sobre Jards Macalé
Jards Anet da Silva nasceu em 3 de março de 1943, no Rio de Janeiro. Em 1964, teve sua primeira composição, “Meu mundo é seu”, gravada por Elizeth Cardoso. Já em 1972, lançou seu primeiro álbum solo, “Jards Macalé”, consolidando sua presença na música brasileira.
Sua discografia inclui trabalhos como “O Q Faço é Música” (1972), “Contrastes” (1977), “Let’s Play That” (1982), além de colaborações em discos de outros artistas. Nos anos 2000 e 2010, manteve parcerias com grupos contemporâneos como Metá Metá e Passo Torto.
Vale destacar que Jards foi o autor de composições marcantes da MPB, como “Vapor Barato”, que ganhou projeção na voz de Gal. Em 2025, ele celebrava 60 anos de carreira.
