Capa de “Aladdin Sane”, de David Bowie, pode quebrar recorde; entenda

Mais de cinco décadas após o lançamento, “Aladdin Sane“, 6º álbum de David Bowie, pode quebrar um novo recorde em breve. Na verdade, a capa da produção tem a chance de se tornar uma recordista, ganhando o título de capa de disco mais cara da história.

Atualmente, quem detém esse marco é o álbum de estreia do Led Zeppelin, que teve a imagem original arrematada por US$ 325 mil, cerca de R$ 1.9 bilhão, em 2020.

Agora, a icônica foto de Bowie com o raio no rosto, registrada por Brian Duffy em janeiro de 1973, está sendo leiloada pela casa de leilões Bonhams, com lances a partir de £ 250 mil (R$ 1.8 milhão). O valor máximo esperado é de £ 300 mil (R$ 2 milhões), superando a capa do Zeppelin.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O leilão online começou nesta última segunda-feira (22) e seguirá aberto até o próximo dia 5 de novembro.

A fotografia integra um conjunto de 35 itens do acervo de Duffy que estão à venda pela empresa. Ainda é possível adquirir a foto de corpo inteiro do dono de “Heroes” do mesmo ensaio por valores entre £ 150 mil (R$ 937 mil) e £ 200 mil (R$ 1.2 milhão).

Além de “Aladdin Sane”, o fotógrafo ainda assinou duas outras capas de David, dos álbuns  “Lodger”, lançado em 1979, e “Scary Monsters (and Super Creeps)”, de 1980.

David Bowie trabalhava secretamente em um musical antes de morrer; entenda

Pouco antes de nos deixar em janeiro de 2016, David Bowie trabalhava em segredo em um musical ambientado no século 18Segundo a BBC, o projeto, chamado de “The Spectator”, foi descoberto por meio de notas que estavam trancadas em seu escritório e que foram doadas ao Museu Victoria and Albert, em Londres, na Inglaterra, que possui um extenso acervo do Camaleão do Rock.

De acordo com o veículo, os rascunhos “mostram o fascínio de Bowie pelo desenvolvimento da arte e da sátira na Londres do século XVIII, juntamente com histórias de gangues criminosas e do notório ladrão “Honest” Jack Sheppard”. 

Até então, ninguém sabia das anotações, porque “o quarto estava sempre trancado, apenas Bowie e seu assistente pessoal tinham a chave”. Sendo assim, os arquivistas só descobriram agora. 

A partir do dia 13 de setembro, o material ficará disponível no mencionado museu, no novo espaço David Bowie Centre. “Temos até a mesa [onde ele trabalhava] no Storehouse”, adiantou Madeleine Haddon, curadora-chefe da coleção.

“Ele estava interessado no desenvolvimento dos musicais em Londres no século 18, e em como os musicais eram usados para sátira política, especialmente contra o governo de Robert Walpole. Parece que ele estava refletindo: ‘Qual é o papel dos artistas nesse período? Como os artistas estão criando um tipo de comentário satírico?’. É interessante pensar que Bowie estava trabalhando nisso nos EUA em 2015, diante da situação política que acontecia lá. Será que ele estava refletindo sobre isso: o poder das formas de arte em criar mudanças no nosso próprio momento político?”, acrescentou a profissional a respeito da trama.

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