Quando o Rock in Rio divulga suas atrações, é normal que uma parcela do público fique insatisfeita com o line-up final. Segundo Roberta Medina, vice-presidente do evento, muitos fatores são considerados até que a organização feche a programação.
Ao g1, ela explicou que a “curadoria leva em consideração o gosto do público”. Em seguida, analisam a “agenda dos nomes desejados para o festival” para, então, iniciarem as negociações.
Aliás, Zé Ricardo, também vice-presidente do festival, recentemente já havia respondido como funciona o processo ao jornal Extra. Segundo o profissional, a organização às vezes lida com dificuldades para fechar com os artistas, já que o mercado é bem instável e envolve força de vontade de ambos os lados. Ele explicou:
“O Rock in Rio tem uma força e a gente também vai aprendendo a lidar com as dificuldades. Somos marinheiros de qualquer mar (risos). Tem dias que o mar está ótimo e tem vezes que não está para peixe, mas você tem que trazer comida para casa. Às vezes, na internet, as pessoas pedem uns nomes de um jeito que parecem que os artistas estão em casa só esperando nossa ligação (risos).”
Porém, em certos casos, a iniciativa de vir para cá parte das próprias estrelas, como exemplificado:
“Mas é bonito ver artistas gigantescos, como Mariah Carey, ou Travis Scott, quererem vir para cá. Assim como tem aqueles que usam o nosso festival até como uma afirmação de que uma turnê futura terá público, como ocorreu com Bruno Mars, que veio primeiro ao The Town [festival irmão do Rock in Rio em São Paulo] antes de fazer shows solo.”