O Dia do Artista Plástico é celebrado no Brasil em 8 de maio, como lembrança ao nascimento do pintor e desenhista Almeida Júnior (1850-1899). O artista, paulista de Itu, dedicou sua produção às temáticas religiosa e regionalista com destaque para a figura do caipira, como em Violeiro (1899).
O Brasil é terreno fértil para as artes plásticas, e alguns de seus artífices têm prestígio tanto aqui, quanto no exterior. Em abril deste ano, Anna Maria Maiolino, 81, ganhou o prêmio Leão de Ouro pelo conjunto da obra na Bienal de Arte de Veneza, na Itália, uma das mais importantes do mundo. Também faturou a premiação a artista turca Nil Yalter.
Neste ano, a 60ª exposição traz o título Stranieri Ovunque (em português: “Estrangeiros em todo lugar”) e tem curadoria, pela primeira vez, de um brasileiro. Adriano Pedrosa é curador-chefe do MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand).
Anna Maria Maiolino se define como “italiana de nascimento, educada na Venezuela, brasileira de vivência, carioca, portenha, nova-iorquina e agora paulistana”. Ela nasceu em Scalea, em 1942, mas deixou a Itália em 1954, em meio às dificuldades do pós-Segunda Guerra Mundial.
Naquele ano, Maiolino aportou em Caracas, na Venezuela, onde estudou na Escuela de Artes Plásticas Cristóbal Rojas. Até hoje, ela carrega um pouco do espanhol no sotaque. Em 1960, partiu para o Rio de Janeiro e prosseguiu os estudos na Escola Nacional de Belas Artes.
Anna Maiolino é multimídia. Sua obra contempla várias formas de expressão, como xilogravura, fotografia, filme, instalação e performance, abordando temas políticos e cotidianos. Além disso, retrata o papel da mulher na sociedade. Há, por vezes, tom provocador.
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