Surgido em 2004, em Sheffield, na Inglaterra, o Bring Me The Horizon virou um dos maiores nomes do metal moderno. A banda, atualmente composta por Oliver Sykes (voz), Lee Malia (guitarra), Matt Kean (baixo) e Matt Nicholls (bateria), acumula 13 milhões de ouvintes mensais no Spotify e ficou conhecida por, ao longo dos anos, incorporar elementos do eletrônico e pop à sonoridade metalcore.
Por exemplo, o bem-sucedido “Sempiternal” (2013) tornou-se um dos maiores fenômenos da cena e, sem dúvida, influenciou outros grupos formados depois. O disco inclui “Can You Feel My Heart”, “Sleepwalking”, “Shadow Moses”, entre outros sucessos. Também marcou a entrada do produtor e tecladista Jordan Fish à formação – que saiu oficialmente no ano passado.
Fato é que os britânicos voltam ao Brasil em novembro. Acompanhados do Spiritbox, Motionless In White, The Plot in You, a banda sobe ao palco do Allianz Parque, em São Paulo, no dia 30, para o maior show de sua carreira. E como eles foram parar em um estádio grandioso, para 40 mil pessoas, em “pouco tempo”?
Primeiras passagens do Bring Me The Horizon pelo Brasil
Bem, tudo começou em 2011, quando fizeram sua primeira turnê pelo país. À época, incluíram no roteiro a capital paulista, especificamente o Carioca Club (que comporta um público de 1200 pessoas), e Curitiba, no antigo John Bull Music Hall. Promoviam “There Is a Hell Believe Me I’ve Seen It. There Is a Heaven Let’s Keep It a Secret” – ou seja, quando ainda tinham influências mais pesadas em seu som.
A partir daí, as coisas mudaram. A próxima passagem ocorreu em 2016, ano seguinte ao lançamento do “That’s The Spirit” (2015). “Throne”, “Follow You” e “Happy Song” são algumas das canções presentes no tracklist. Muito mais “palpável”, o projeto trouxe uma fã-base maior para o BMTH, que atingiu novas camadas. Não é à toa que fizeram um show no Rio de Janeiro também e, desta vez, duas datas no Carioca Club – mostrando o aumento dos admiradores.
Atração do Lollapalooza Brasil e Knotfest Brasil
Então, já em 2019, o cenário era completamente diferente. A banda vinha apostando em canções mais pop – vide o “amo” (2019) – e integrou o line-up do Lollapalooza daquele ano, o que, com certeza, os deram muita visibilidade visto as mais de 100 mil pessoas que compareceram ao festival.
Não só isso, como realizou um sideshow, junto do Fever 333, para uma Audio Club lotada. A curiosa relação de amor do frontman, casado com uma brasileira, com o país também virou memes e pautas e aproximou uma parcela mais jovem.
Assim, em 2022, chegaram com o jogo ganho. Esgotaram o Vibra São Paulo, para sete mil pessoas, em poucas semanas, tocaram na carioca Jeunesse Arena e também atuaram como uma das atrações principais da primeira edição do Knotfest Brasil. Foi impossível não se derreter pelo carisma do vocalista, sempre se comunicando em português, e pela energia da banda.
Aliás, os músicos apostam em uma performance poderosa, com conceito, efeitos nos telões e proximidade com os fãs. Por isso, não é de se estranhar que tenham dado um passo a mais. Agora, as performances intimistas ficaram de lado e deram espaço à grandes arenas – que combinam com a proposta do Bring Me The Horizon.


