Na última segunda-feira (28), Francis Ford Coppola realizou uma masterclass para convidados em São Paulo, onde está de passagem para divulgação de seu filme “Megalópolis”. Dessa forma, o cineasta não hesitou a rasgar elogios para o cinema brasileiro, ressaltando sua amizade com o diretor Glauber Rocha.
Primordialmente, o responsável por filmes como “O Poderoso Chefão” e “Apocalypse Now”, contou sobre sua amizade com Rocha, quando o brasileiro vivia exilado em decorrência da ditadura militar. “Um dia ele veio até mim, eu o segurei nos braços e ele chorou dizendo: ‘Eu não acho que meu amado Brasil um dia vá me permitir voltar para casa’. E eu sei que ele finalmente voltou. Mas imagine, um de seus grandes cineastas em lágrimas porque ele pensou que não poderia voltar ao país que ele amava… Ele voltou e morreu aqui.”, ele conta.
Ainda mais, Coppola, aos seus 85 anos não deixou de prestar sua homenagem ao cinema brasileiro. “É parte da tradição do Brasil, uma extraordinária tradição cinematográfica. Não apenas Glauber Rocha, mas também Hector Babenco. O maravilhoso ‘Pixote’; o fabuloso filme ‘Cidade de Deus’. É uma herança tão rica, tão linda.”, disse o cineasta. “Eu elogio o cinema do Brasil, é muito bonito.”, ele concluiu.
Sobre “Megalópolis”
Em suma, “Megalópolis” apresenta um futuro distópico, onde um arquiteto quer resolver as desigualdades sociais por meio de um projeto. Contudo, ele precisa enfrentar o status quo e a resistência de homens poderosos.
Segundo a sinopse oficial abaixo de Megalópolis: “A cidade de Nova Roma é palco de um conflito épico entre Cesar Catilina, um artista genial a favor de um futuro utópico e idealista, e seu opositor, o ganancioso prefeito Franklyn Cicero. Entre os dois está Julia Cicero, com a lealdade dividida entre o pai e o amado, tentando decidir qual futuro a humanidade merece.”
Por fim, o filme tem lançamento marcado no Brasil para dia 31 de outubro.
