Green Day honra o posto de headliner no The Town 2025

Créditos: Anendfor/The Town

O sucesso do Green Day é incontestável. Com mais de 70 milhões de discos vendidos, a banda que estourou na década de 1990 ganhou merecidamente o posto de headliner do segundo dia do The Town 2025, que celebrou o punk rock. Em meio à programação que trouxe Iggy Pop e Bad Religion, Billie Joe Armstrong (vocalista e guitarrista), Mike Dirnt (baixista e vocalista) e Tré Cool (baterista) honraram a posição de prestigio.

Em resumo, a apresentação da banda é completa, em todos os sentidos. O frontman faz inúmeras dinâmicas com o público e, além do ânimo descomunal e característico, ainda é apoiado pelo carisma dos outros integrantes. E não para por aí. Ao longo da performance de quase 2h, o Green Day conta com muita pirotecnia, confetes, papel picado, chamas, efeitos nos telões e o principal: um repertório que, quando sustentado pela discografia mais antiga, mostra resistir ao tempo e, quando traz novidades, ainda empolga.

Basicamente, “Bohemian Rhapsody”, do Queen, e “Blitzkrieg Bop”, do Ramones, com uma pessoa fantasiada de coelho no palco, tocaram nas caixas de som, antes que o Green Day iniciasse a performance com uma intro que mostrava todos os seus diferentes logos e visuais ao longo das eras. Depois de emendar os hits “American Idiot” e “Holiday”, os músicos levaram uma fã para o palco em “Know Your Enemy”.

Ainda vieram na sequência faixas como “Longview”, “21 Guns”, “Boulevard of Broken Dreams” (com as lanternas dos celulares acesas), “Welcome to Paradise” (com Billie Joe beijando a própria guitarra) e “Hitchin’ a Ride” – com direito a um trechinho de “Iron Man”, do Black Sabbath, e Billie enrolado numa bandeira do Brasil.

Aliás, o vocalista quis celebrar o país por mais de uma vez. Gritou “Viva Brasil”, em português, e não esqueceu de desejar ao público um feliz Dia da Independência, comemorado justamente no dia 7 de setembro.

Outro destaque ficou em “Minority”, quando tocou gaita e apresentou toda banda, incluindo os membros de apoio. Em seguida, vieram mais sucessos, “Basket Case” e “When I Come Around”, com um projétil de plástico composto pela frase “bad year” sobrevoando o espaço, até que “Letterbomb” trouxesse um grande dicurso do vocalista:

“Porque esta noite aqui no Brasil é a noite da revolução. Há muita energia tóxica no mundo agora, mas não nesta cidade, porque vimos Iggy Pop, Bad Religion e Green Day. Eu imploro do fundo do meu coração: cuidem uns dos outros. Estamos aqui por causa das nossas famílias, amigos, mas hoje somos estranhos que estão bebendo, fumando, dançando e cantando juntos. Esta noite não é sobre energia ruim, não é sobre política, não é uma festa política, nem mesmo é uma festa, é uma celebração”.

Com Tré fazendo gracinhas e derrubando o próprio instrumento, a banda tocou “Bobby Sox” e, então, Billie Joe ficou sozinho com um violão brilhante para encerrar uma apresentação imensa de uma maneira intimista: com a emocionante “Good Riddance (Time of Your Life)” acústica. Sob coros de “Olê Olê Olê”, o cantor parecia saber a magnitude do espetáculo que entregou junto aos colegas. A animação da multidão que compareceu em peso não mente.

 

Setlist

1. American Idiot
2. Holiday
3. Know Your Enemy
4. Boulevard of Broken Dreams
5. One Eyed Bastard
6. Longview
7. Welcome to Paradise
8. Hitchin’ a Ride
9. Brain Stew
10. St. Jimmy
11. Dilemma
12. 21 Guns
13. Minority
14. Basket Case
15. When I Come Around
16. Letterbomb
16. Wake Me Up When September Ends
17. Jesus of Suburbia
18. Bobby Sox
19. Good Riddance (Time of Your Life)

Novos conteúdos

spot_img

RELACIONADOS

Relacionados