Harry Styles é um dos maiores popstars da atualidade. Aos 30 anos de idade, o cantor acumula mais de 51 milhões de ouvintes mensais no Spotify, além de recordes na plataforma e uma infinidade de prêmios.
Desde a infância, o britânico já era ligado à música. Quando criança, ganhou uma máquina de karaokê, onde gravou seus primeiros covers e descobriu seu talento. Já mais velho, fez parte de uma banda chamada White Skimo e dividia o seu tempo trabalhando em uma padaria chamada W. Mandeville Bakery em Holmes Chapel, onde cresceu. Porém, tudo começou a mudar de fato em abril de 2010.
Início na 1D
No período mencionado, o artista fez um teste para a versão britânica do reality show The X Factor. Para a audição, escolheu a faixa “Isn’t She Lovely”, do Stevie Wonder. Apesar do bom desempenho, não conseguiu avançar muitas etapas na competição, até que Simon Cowell e Nicole Scherzinger decidiram reuni-lo junto aos outros participantes eliminados em uma boyband: Louis Tomlinson, Liam Payne, Niall Horan e Zayn Malik. Assim, formaram a One Direction.
Não demorou para que os jovens conquistassem popularidade no Reino Unido. O grupo chegou à final do programa, mas acabou em terceiro lugar. De qualquer forma, o sucesso foi estrondoso.
Ao todo, o grupo lançou cinco álbuns de estúdio – com o último, “Made In The Am” (2015), sem Zayn – e tornou-se um fenômeno. Estimativas acreditam que os artistas tenham vendido mais de 200 milhões de discos ao redor do mundo. “Happily”, “If I Could Fly”, “Olivia”, “Perfect”, “Something Great” e “Stockholm Syndrome” estão entre as faixas da boy band nas quais é creditado na composição.
“Pausa” da boy band
Mesmo inativos desde dezembro de 2015, os artistas colecionam cerca de 44 milhões de ouvintes somente no Spotify. Inclusive, quatro de suas canções ultrapassaram a incrível marca de 1 bilhão de reproduções.
Sobretudo, a banda encerrou a turnê “On the Road Again Tour” e realizou outras aparições antes que iniciasse o hiato em janeiro de 2016. Inicialmente, deveria ser apenas um afastamento de alguns meses.
Contudo, cada um dos membros passou a se dedicar a uma carreira solo e, desde então, nunca voltaram. De qualquer forma, Harry sempre demonstrou gratidão pelo período no grupo. Em entrevista à Variety, declarou:
“Quando você olha para a história de pessoas que saíram de bandas e começaram carreiras solo, elas sentem a necessidade de se desculpar por terem estado na banda. Dizem: ‘não liguem, não era eu! Agora sim eu posso fazer o que quero’. Mas a gente ama ter estado na banda.”
Álbum de estreia
Depois da “pausa” da 1D, Harry decidiu aventurar-se numa carreira solo. Em 2016, assinou um contrato com a Columbia Records. No mesmo ano, iniciou a gravação do álbum de estreia, em lugares como a Jamaica – como mostrado no documentário “Harry Styles: Behind The Album”. Então, em março de 2017, disponibilizou o single “Sign of the Times”, que alcançou o quarto lugar da parada americana Billboard Hot 100.
Sobretudo, o disco homônimo, que também teve como single “Kiwi” e “Two Ghosts”, contou com inspirações anos do rock dos anos 1970. “Eu não queria escrever ‘histórias. Eu queria escrever as minhas histórias, coisas que aconteceram comigo. A coisa número um era que eu queria ser honesto. Eu não tinha feito isso antes”, contou para a Rolling Stone, também descrevendo o processo como terapêutico.
Para divulgar o projeto, Harry embarcou em sua primeira turnê solo. Intitulada “Harry Styles: Live on Tour”, a série de shows aconteceu entre setembro de 2017 e julho de 2018 e passou pela América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia e Oceana.
Os repertórios eram compostos pelas faixas do material, além de músicas da 1D como “If I Could Fly” e “Stockholm Syndrome” e as inéditas “Anna” e “Medicine”. O Brasil recebeu duas datas: 27 de maio e 29 de maio de 2018, respectivamente, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em relação à capital paulista, ocorreu no Espaço Unimed, para apenas 8 mil pessoas, o que gerou uma alta demanda e procura por ingressos.
Ao que tudo indica, a excursão recebeu filmagens profissionais, como mostra o vídeo abaixo. Porém, nunca saíram oficialmente.
Sucesso com “Fine Line”
Sua carreira alcançou um novo patamar com o segundo álbum “Fine Line”. Lançado em dezembro de 2019, o disco emplacou os sucessos “Watermelon Sugar”, “Adore You”, “Golden” e “Lights Up”.
Sobretudo, o projeto marcou um experimentalismo maior por parte de Styles, incorporando elementos do funk e do soul. Ainda, recebeu elogios de nomes como Stevie Nicks, que o comparou com “Rumours” (1977), do Fleetwood Mac. Para comemorar o lançamento, o cantor realizou um show especial no The Forum.
Além disso, pela faixa “Watermelon Sugar”, ganhou o seu primeiro Grammy na categoria “Melhor Performance Pop Solo”. “Uau, para todos que fizeram esse disco comigo, muito obrigado. Essa foi a primeira música que escrevemos depois que meu primeiro álbum foi lançado durante um dia de folga em Nashville”, disse em seu discurso.
O premiado Harry’s House
Inicialmente, Styles divulgaria o álbum na turnê “Love On Tour”, que precisou ser adiada por conta da pandemia. Assim, fora da estrada, o cantor criou o seu terceiro disco de estúdio: “Harry’s House” (2022).
Para anunciá-lo, divulgou um misterioso teaser nas redes sociais, que mostrava uma casa. O registro era uma referência ao título que, em português, significa “a casa de Harry”.
“As It Was”, carro-chefe, fez história. Lançada em março de 2022, até o momento, acumula mais de 3 bilhões de reproduções no Spotify. No mesmo ano, ganhou o título de canção mais ouvida do mundo no período. Ainda, tornou-se à época a música solo mais rápida da história da plataforma a atingir a casa do bilhão.
Não é à toa que, com o disco, ganhou o importante prêmio de “Álbum do Ano” no Grammy. “Eu acho que em noites como esta é obviamente tão importante para nós lembrar que não existe a classificação ‘melhor’ na música. Isso não acontece com pessoas como eu com muita frequência e isso é tão, tão legal”, pronunciou diante da vitória.
Aliás, em setembro de 2021, o astro, finalmente, deu início à “Love On Tour”. Ao todo, foram 169 shows, vendendo mais de 5 milhões de ingressos, segundo estimativas.
O giro passou novamente por território nacional, mas, desta vez, por mais cidades e lugares maiores. Só em São Paulo, foram três shows lotados no estádio Allianz Parque, em dezembro de 2022, para mais de 40 mil pessoas cada. Aliás, o cantor passou a seguir Seu Jorge no Instagram e até colocou uma de suas músicas em sua playlist pré-performances: “Amiga da Minha Mulher”.
Filmes e outros projetos
Para além da música, Harry também fez trabalhos como ator. Em suma, apareceu nos filmes “Dunkirk” (2017), “Não Se Preocupe, Querida” (2020) e “Meu Policial” (2022), além de uma pequena aparição numa cena pós-créditos de “Eternals” (2021).
Além disso, ganhou sucesso pelo estilo único, composto por roupas, sobretudo ternos, extravagantes. Assim, em 2020, tornou-se o primeiro homem a aparecer na capa da Vogue, como também já estrelou campanhas da Gucci. Complementando, fundou a marca Pleasing, com itens de beleza para unhas e cuidados com a pele.
Por fim, já em sua área de destaque, assinou a composição da faixa “Just A Little Bit Of Your Heart”, de Ariana Grande, e “Alfie’s Song (Not So Typical Love Song)”, para o longa-metragem “Com Amor, Simon” (2018). O cantor fez uma parceria com o aplicativo Calm para narrar uma história de ninar, intitulada “Dream with Me”.
O futuro de Harry Styles
De acordo com a Billboard, o britânico já planeja o seu quarto álbum de estúdio. “Um novo álbum está supostamente em produção, seu primeiro desde o topo da Billboard 200, ‘Harry’s House’, em 2022″. Ainda não há nenhuma confirmação oficial.
Desde que Harry Styles encerrou a turnê mundial “Love On Tour” em julho de 2023, o cantor esteve afastado dos palcos. Porém, o britânico decidiu “quebrar” o hiato e apareceu de surpresa no show de Stevie Nicks, no Hyde Park, em Londres, na Inglaterra, em julho.
