Milton Nascimento, Samuel Rosa e mais artistas prestam homenagem a Lô Borges

Cantor e compositor nos deixou no último domingo (2), aos 73 anos

Lô Borges morreu no último domingo (2), aos 73 anos. Conhecido como um dos grandes responsáveis pelo movimento Clube da Esquina, que rendeu álbuns icônico, o cantor e compositor estava internado há dias em Belo Horizonte, após uma intoxicação por medicamentos.

”Hospital Unimed – Unidade Contorno informa com pesar o falecimento do músico, cantor e compositor Lô Borges, aos 73 anos, na noite de ontem, 2 de novembro de 2025, às 20h50, em decorrência de falência múltipla de órgãos. A Unimed-BH se solidariza com a família, amigos e fãs pela irreparável perda para a música brasileira”, disse nota emitida oficialmente.

Desde que a notícia chegou a público na manhã desta segunda-feira (3), inúmeros artistas vem homenageando Lô nas redes sociais. Confira abaixo:

Milton Nascimento 

“Lô Borges foi – e sempre será – uma das pessoas mais importantes da vida e obra de Milton Nascimento. Foram décadas e mais décadas de uma amizade e cumplicidade lindas, que resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo: o Clube da Esquina. Lô nos deixará um vazio e uma saudade enormes, e o Brasil perde um de seus artistas mais geniais, inventivos e únicos. Desejamos muito amor e força à família Borges, a qual acolheu Bituca em sua chegada a Belo Horizonte, lá nos anos 60 e, principalmente, ao seu filho Luca. Descanse em paz, Lô.”

Samuel Rosa 

“Devastado. Lô Borges nos deixou.  Lô foi, afora os mais de 30 anos com meus amigos do Skank, o maior parceiro que tive na música. Com ele gravei um disco ao vivo, dividi turnês e composições. Começamos a fazer shows juntos em 1999, e a gente brincava que nossa turnê não tinha hora pra acabar. Trata-se daqueles casos clássicos em que um fã acaba tendo a sorte de dividir o palco com seu ídolo. Lô Borges foi um dos maiores compositores brasileiros, não por acaso, assina com Milton Nascimento, o disco “Clube Da Esquina”, considerado por muitos, o melhor disco já produzido em terras brasileiras, além de vários clássicos do cancioneiro nacional. Meu amigo, você vai fazer muita falta, seu legado é definitivo, você é um dos grandes, e eu o Brasil tivemos o privilégio de compartilhar sua nobre história. Obrigado meu irmão, saudades eternas.”

Rogério Flausino

“Nossos mais profundos sentimentos pela partida do nosso querido mestre Lô Borges. Lô pra mim sempre foi a linda personificação de uma juventude libertaria e pacifista, que nos chegou com o ‘Clube da Esquina’, mas que o Lô, como o mais novo da turma, carregou consigo pra eternidade. Suas letras, harmonias, o jeito de cantar suave e até aquela imagem clássica do “Tênis Velho”, presente na capa do seu 1º álbum, de 1971, vão ficar pra sempre na memória da gente como símbolos de uma musica mineira jovem e original que ganharia o mundo. Nossos mais profundos sentimentos a todos da familia Borges, bem como a aos inúmeros fãs e amigos desse nosso grande ídolo… musica, poesia e muita inspiração. Viva o eterno LÔ BORGES, obrigado por tudo!!”

Flávio Venturini

“Luto! Lô foi sempre uma grande inspiração para mim! Perder sua presença e a luz de suas canções será uma grande dor, mesmo com a certeza de que elas serão eternas! Querido Lô descanse em paz e obrigado por tudo.”

Zeca Baleiro

“Penso que a Natureza às vezes testa nossa força trazendo, em sequência e sem trégua, sustos de perdas irreparáveis. Sempre fui grande fã do Lô Borges, desde a adolescência, quando ouvi o famoso “disco do tênis”. Fiquei encantado com a estranheza e o lirismo de suas canções (sim, eram estranhas e líricas, por paradoxal que pareça).
Segui acompanhando com entusiasmo seus discos (e passos) até os dias de hoje. Imaginem pois a minha surpresa ao receber, em outubro do ano passado, uma ligação sua dizendo: “Zeca, aqui é o Lô. Sou fã de suas músicas, compus dez canções e gostaria que você pusesse letra. Topa?”. Respondi: “Porra, Lô, você tá de sacanagem comigo. Topo com máxima honra, irmão, sou muito seu fã, tô nem acreditando”. Ele começou a enviar as canções, sem letra, só melodia. Confesso que me emocionei. Eram Lô do mais “puro malte”, com aquelas harmonias incomuns, melodias amorosas, aquele ar de “beatle barroco”, sua voz icônica e familiar fazendo seus “lalalaiá” inconfundíveis… Uma epifania pra mim. Daí fui pro batente. Comecei a escrever, buscando ficar minimamente à altura dos parceiros legendários do Lô – Márcio Borges, Fernando Brant e Ronaldo Bastos, dentre tantos craques. Assim nasceu “Céu de Giz”. Acho o disco primoroso, e não tenho medo de soar cabotino. Fosse há 25 anos atrás, o álbum seria um acontecimento. Hoje, é mais um lançamento entre os 100 mil de lançamentos diários nas plataformas, uma desova truculenta neste tempo de hiperconsumo desenfreado e disperso. Lô é um gênio, um farol, um cânone da música brasileira. Artista único, eterno, inimitável. Deixa um vazio impossível de preencher.”

Beto Guedes

“Foi um encontro lindo, meu irmão! Nosso amor irá perpetuar em nossas memórias e canções. Te amo pra sempre!”

Fafá de Belém

“Meu querido amigo, amigo de chegada, junto com o Marcinho, seu irmão, com o Fernando Brant, Flavinho Venturini, com tantos amigos mineiros do meu coração, Milton Nascimento, Toninho Horta, Wagner Tiso, Beto Guedes… é tão difícil falar porque Lô sempre foi um menino, e se manteve menino até que virou um anjo. E agora voa para outras janelas laterais.”

Elba Ramalho

“Descanse em paz querido Lô. Sou sua grande fã. Sua obra será eterna!!”

Maria Gadú

“Qualquer dia amigo a gente vai se encontrar”  beijos em toda família e uma salva de palmas imensa ao amigo Lô Borges.”

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