New Order inspirou Wallows em novo álbum

Trio creditou importante banda dos anos 80 como uma das grandes inspirações para "Model", lançado na última sexta-feira (24)

Formado em 2017, o jovem trio Wallows disponibilizou “Model”, seu terceiro álbum de estúdio, na última sexta-feira (24). Curiosamente, o material teve influência de uma importante banda surgida na década de 1980: New Order.

Conversando com a Rolling Stone Brasil, o vocalista e guitarrista Braeden Lemasters revelou a inspiração: 

“É bem engraçado você ter perguntado isso, porque New Order realmente inspirou muito desse álbum, na verdade. Tipo, ‘Only Ecstasy’ é totalmente inspirada em New Order em termos de ideias básicas. ‘Calling After Me’… Isso é interessante. Talvez realmente role algo do tipo Peter Hook nela, o que é legal. Mas, sim… Citando outras influências para o álbum, tem Beatles, com certeza, Phoenix.”

Ele acrescentou: 

“Também é algo esquisito quando não tem direção, inspiração ou influência para as coisas que está escrevendo. Tipo, quando você está no estúdio, apenas nesse mundo, é engraçado — acho que estou percebendo isso agora —, é como se você se inspirasse em si e nada mais. É apenas você improvisando, entende? Você não sabe o que vai obter, o que é incrível. Na maior parte do tempo, fazer música é ter uma inspiração básica… Como em “You” [(Show Me Where My Days Went)], por exemplo, metade dessa música só aconteceu por causa de ideias que foram improvisadas, e é isso o que torna as canções únicas.”

New Order e Wallows

Aliás, anteriormente, outra canção do grupo bebeu de elementos do New Order: “At the End of the Day”, presente no disco “Tell Me That It’s Over” (2022). À época, o mesmo integrante contou para a Apple Music (via Genius):

“Sobretudo, a música começou com Cole e eu em uma sessão de gravação. Na noite anterior, eu estava ouvindo ‘Harvest Moon’ de Neil Young. Provavelmente eram 11h da noite; tomamos um pouco de vinho e eu estava tocando alguma música. Voltei e ouvi três ou quatro pequenas ideias que gravei.

Então, ouvi a parte da guitarra que começa com o sintetizador da música e disse: ‘vamos tentar essa ideia?’ Eu simplesmente me imaginei cantando como Neil Young no primeiro verso. Eu gosto de como a música muda constantemente. Tinha uma vibe meio The Cure quando começamos com Ariel [Rechtshaid, produtor]. Passou de ‘Harvest Moon’ para The Cure. Depois foi para o synth-pop dos anos 80, com uma energia meio Tears for Fears, New Order, que eu adoro. Tem todas essas identidades nela.”

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