Ney Matogrosso esbanjou vitalidade neste sábado à noite (9) durante a sua apresentação no Tokio Marine Hall. O intérprete trouxe para São Paulo a turnê “Bloco na Rua”, cujo setlist passa por canções de Chico Buarque, Raul Seixas, Rita Lee e pelos maiores sucessos da carreira de Ney.
Com uma casa de shows lotada, um dos maiores cantores da MPB subiu ao palco pontualmente às 22h com o figurino de costume. Ele usava um macacão dourada, delineado preto ao redor dos olhos e uma presença de palco inegável. A carreira de Ney Matogrosso começou durante a década de 70 com os Secos e Molhados e permanece até hoje.
O que impressiona a quem assiste é sua energia e capacidade de cantar e dançar ao mesmo tempo. Aos 82 anos, Ney Matogrosso canta, pula, dança e rebola como se tivesse ainda 20 e poucos. A maioria das canções têm algum trecho de performance, e ainda assim ele não desafina ou perde a pose em nenhum segundo.
Ney Matogrosso e os grandes clássicos da MPB
Mesmo nas canções mais calmas, a plateia permanece hipnotizada pela sua presença de palco. Todo mundo dançou junto com “Jardins da Babilônia”, da saudosa Rita Lee, chorou ao escutar “Poema” de Cazuza e gritou a plenos pulmões o refrão de “Homem com H”.
Ainda com sua força, Ney Matogrosso se mostra tímido ao falar com o público. Ele se dirigiu somente duas vezes à plateia. Uma, para falar sobre o “falso Bis”. Ele brincou “O show acaba aqui. Eu saio, vocês gritam e eu volto. Vocês preferem que eu pule essa parte e vá direto?”. Claro que a resposta foi um “sim” entusiasmado dos espectadores.
Já a segunda foi novamente quando o público pediu a sua volta. Ele agradeceu o carinho de todos e cantou mais uma música.
Em síntese, Ney Matogrosso já passou com sua turnê diversas vezes por São Paulo. Ainda assim, a cada show, ele continua provando o porquê permanece relevante até os dias de hoje e deixa inquestionável o fato de uma casa como o Tokio Marine Hall ficar lotada para recebê-lo. Um verdadeiro espetáculo.
Leia também: Ney Matogrosso, um dos maiores intérpretes da história brasileira