Norah Jones fecha com chave de ouro o Popload 2025; veja como foi o festival

Line-up do evento, que aconteceu no Parque Ibirapuera neste sábado (31), também incluiu St. Vincent, Kim Gordon, Laufey e mais

Após três anos, o Popload Festival retornou à São Paulo para a sua 9º edição. Ocorrido no Parque Ibirapuera, neste sábado (31), o evento trouxe grandes nomes da música internacional e nacional, de diferentes gerações e estilos musicais, reunindo um público diverso no local – que contou com um amplo espaço para circulação, incluindo não só inúmeras opções alimentares, como também redes de descanso, loja oficial e até uma ativação da própria Alpha FM.

Exclusive Os Cabides, The Lemon Twigs e Tássia Reis ficaram responsáveis por iniciar a programação. Em seguida, o Terno Rei subiu ao palco principal, inicialmente tocando na sequência e sem interrupções faixas como “Solidão de Volta”, “Difícil” e “Brutal”, até chamar Samuel Rosa para juntar-se à performance. Dando protagonismo para o eterno líder do Skank, os artistas executaram canções como “Medo”, “Balada de Amor Inabalável” e “Resposta” – na qual elogiaram a composição e ouviram um retorno à altura: “Nada que chegue perto das pérolas do Terno Rei”, disse Samuel. Músicas do novo disco “Nenhuma Estrela” (2025) também marcaram presença.

Depois, Kim Gordon, ícone do rock alternativo, apresentou um espetáculo original na capital paulista. Pela primeira vez no Brasil como artista solo, a ex-integrante do Sonic Youth cantou vestindo uma camiseta escrito “Gulf of Mexico”, referência à campanha a favor dos trabalhadores migrantes nos Estados Unidos, e óculos escuros que davam um ar misterioso. O repertório não contou com músicas de sua antiga banda e priorizou, de fato, seu material autoral: os discos “No Home Record” (2019) e “The Collective” (2024).

Sobretudo, as canções pareciam declamações e chamaram atenção pelo aspecto mais experimental, com distorções na voz, muita guitarra – empunhada pela própria musicista na inédita “Cigarette” e “The Belivers” – e até mesmo um grito em “Cookie Butter”. Ao longo do set, a artista interagiu pouco, limitando-se a tímidos “thank you” entre as músicas, mas comentou que o público estava “muito longe”, por causa da grande distância entre o palco e a grade. Somente ao final desejou uma boa noite à plateia.

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Imagina isso? Kim Gordon está se apresentado no palco do Popload e a Alpha te mostra tudo de pertinho! #alphafm #fyp #foryoupage #fyppppppppppppppppppppppp #popload #kimgordon #sonicyouth #rock #musica

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Então, a doce Laufey, com vários fãs de camiseta à caráter posicionados nas grades, chegou com uma grande produção ao Popload. Conversando com a Alpha FM minutos antes, a islandesa revelou que havia preparado um espetáculo com banda completa e surpresas e cumpriu a promessa. Com um vestido de babados claro, sorrisos e uma presença de palco adorável, a jovem sentiu-se claramente em casa em sua primeira passagem pelo país. E não é para menos: a bossa nova é uma grande inspiração para a sua carreira voltada ao jazz e nomes como Astrud Gilberto e Carmen Miranda estão entre os seus favoritos.

Depois de dedicar “Falling Behind” ao público brasileiro, ela tirou um tempinho para falar mais diretamente com os fãs: “Esperei tanto tempo pra tocar aqui, nem consigo acreditar em quantos de vocês estão aqui, isso é incrível. Obrigada por me apoiarem. Tenho um álbum saindo no dia 22 de agosto, se chama ‘Matter of Time’. É tão bom poder dizer isso, porque eu estava guardando esse segredo há um tempo.”

Durante o repertório, incrementado com um aparato de luzes posicionado aos fundos, a cantora não só entregou vocais impecáveis, mas também tocou piano, violão, guitarra e violoncelo. Entre os destaques, estiveram faixas como “Promise”, que, segundo a própria artista, é sobre “estar muito longe de certa pessoa”, e “Bored”, na qual perguntou quem já havia estado em uma relacionamento antes de apresentá-la. Sem dúvida, porém, o ponto alto da noite foi “Lover Girl”, música não lançada tocada especialmente para o Brasil.

“Eu sou muito inspirada pela música e pelos músicos brasileiros. Cresci ouvindo esse tipo de som e me inspirando nisso. Obrigada por me permitirem me inspirar na cultura de vocês – eu queria vir agradecer pessoalmente. Todo mundo diz que vocês são os melhores e vocês realmente são. Eu sei que vocês dizem ‘Come to Brazil’ pra todo mundo, mas pra mim é mais especial, porque eu amo muito o Brasil”, contou, pedindo para que os presentes acompanhassem a música com palmas.

Encerrando a apresentação, a islandesa vestiu uma camiseta do Brasil e chamou a irmã gêmea Junia para o centro do palco, que segurou uma bandeira do nosso país. Assim, com “From The Start”, fechou o set, destacando o desejo de voltar em breve.

Poucos minutos mais tarde, St. Vincent ofereceu o espetáculo mais impactante da noite. Vestindo preto dos pés às cabeça, a artista é extremamente performática, o que ficou explícito logo na canção de abertura “Broken Man”. Basicamente, ela começou cantando agachada, em um palco quase sem luz, despertando a curiosidade do público – composto, inclusive, por Pitty e o ex-marido e baterista do Nx Zero Daniel Weksler, mostrados no telão.

Atrevida e teatral em seus movimentos e vocais (indo de suspiros sôfregos a gritos), a musicista, que empunhava suas próprias guitarras signature idealizadas especificamente para as mulheres, demonstrava uma ligação próxima com os membros de sua banda de apoio. Para exemplificar: chegou a beijar a bochecha do guitarrista Robert Ellis em “Los Angeless” e a ter interações um tanto quanto ousadas com o músico e com a baixista Charlotte Kemp Muhl.

Tudo isso só comprovava ainda mais aos fãs a personalidade autêntica e, principalmente, magnética da artista. Mesmo falando pouco diretamente com os presentes, pronunciando um sonoro “São Paulo” e “obrigada”, em meio às canções, St. Vincent criou uma profunda conexão com a plateia, que parecia impressionada com todos os detalhes: desde sua admirável habilidade tocando guitarra em “Birth in Reverse” ou teremim em “Pay Your Way in Pain” até sua espontaneidade quando foi para o meio da galera em “New York”.

Acessível, a cantora deixava ser agarrada pelos fãs e os respondia na mesma intensidade, até brincando no microfone que eles eram fortes por segurá-la. Ao fim, os comentários de que a artista tinha feito o melhor show do dia não soavam como exagero.

Concluindo as atividades, Norah Jones subiu ao palco do Popload com um show classudo e mais destinado à apreciação em vez de histeria. De vestido listrado, brincos de argola e um sorriso poético, a cantora proporcionou um espetáculo mais intimista, mesmo que em um parque com milhares de pessoas.

Acompanhada de Josh Lattanzi (baixo e guitarra), Sami Stevens (teclado), Sasha Dobson (guitarra e voz de apoio) e Brian Blade (bateria), a estrela tocou tanto sucessos da carreira, que arrancaram reações empolgadas, como “Chasing Pirates”, “Happy Pills” e “Sunrise”, até canções do mais novo disco “Visions” (2024), como disse que faria logo no início.

Das novas produções, “Running” funcionou como uma das mais cativantes ao vivo, assim como “I Just Wanna Dance”, na qual a estrela pediu para que o público acompanhasse com uma “dança lenta”. Na última citada, um pequeno problema aconteceu no som, contudo, rapidamente, foi arrumado sem que a artista sequer percebesse.

Sobretudo, ela dividiu seu tempo sentada no piano ou em pé tocando guitarra e teclado, sem perder os holofotes. Para o grande hit “Come Away With Me”, Norah chamou, em suas próprias palavras, uma “grande amiga”: Laufey. Entre sorrisos, as duas cantoras, que já haviam colaborado juntas anteriormente, entregaram uma performance encantadora da faixa.

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Lindas e muito talentosas! Em um dos maiores destaques da noite, Norah Jones convida Laufey para cantar seu hit “Come Away With Me” no palco do Popload! Para acompanhar tudo o que acontece no festival, siga a Alpha aqui no Tiktok. #alphafm #fyp #foryoupage #fyppppppppppppppppppppppp #norahjones #norah #musica #laufey #popload #bossanova #kimgordon #stvincent #bewitched #brasil

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Claro, também não faltaram elogios aos brasileiros. Além de mencionar um cartaz que chamava o seu baterista de “magnífico” e inúmeros “obrigada” em português, a cantora ressaltou que os fãs do país eram os melhores. E com declarações de amor, encerrou o espetáculo com o maior clássico de sua carreira: “Don’t Know Why”.

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Fechamento lindo! Norah Jones finaliza o Festival Popload com “Dont Know Why”. Aproveita e já segue a Alpha aqui no Tiktok para mais conteúdos sobre o mundo do entretenimento. #alphafm #fyp #foryoupage #fyppppppppppppppppppppppp #norahjones #norah #musica #laufey #popload #kimgordon #nostalgia

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