Novo baterista do The Who, Scott Devours fala sobre entrada na banda em profundo texto

"Farei tudo o que estiver ao meu alcance para honrar o legado do The Who, de Zak, Kenney Jones, Simon Phillips e a memória do grande Keith Moon", escreveu em postagem

Zak Starkey acabou demitido do The Who pela segunda vez em menos de um mês. Em abril, a banda comunicou a saída do baterista após quase três décadas, mas voltou atrás poucos dias depois. Agora, no último domingo (18), o grupo confirmou o desligamento oficial do integrante, que será substituído por Scott Devours.

O novato músico da formação já é um conhecido dos fãs. Desde 2009, toca com o vocalista Roger Daltrey em sua carreira solo e também já excursionou com The Who no passado em ocasiões pontuais.

Ainda assim, Scott realizou um longo pronunciamento nas redes sociais a respeito de sua entrada na banda, que iniciará em agosto a turnê de despedida “The Song is Over – The North American Farewell Tour”. No texto, o baterista agradeceu o apoio, refletiu a respeito da saída de Zak e prometeu entregar o melhor nessa etapa.

Veja a postagem na íntegra:

“A primeira coisa é que preciso agradecer a todos os familiares, amigos e fãs pelas inúmeras mensagens, textos e e-mails me parabenizando e compartilhando sua empolgação. Por favor, considerem este agradecimento coletivo: ‘muito obrigado’. A quantidade de energia positiva que recebi foi impressionante — agradeço de coração a cada um de vocês. E, por favor, não me peçam ingressos. 

A segunda coisa é que eu entendo e aceito a realidade de que muitos fãs de longa data do The Who estão profundamente abalados com a notícia de que Zak não está mais na bateria da banda. Como um grande fã também, há uma parte de mim que está assimilando essa perda com o coração pesado. É realmente uma estranha contradição de sentimentos: viver o maior momento da minha carreira profissional e, ao mesmo tempo, vê-lo envolto em certa tristeza e ofuscado pela ausência de outra pessoa. É difícil colocar isso em palavras, de fato, mas sei que esse sentimento existe — e é real.

Acho que a realidade é a seguinte:

Tenho certeza de que muitos fãs não me aceitarão — ou a qualquer outra pessoa — nesse lugar, exceto o Zak. Sei que isso será verdade para alguns, e reconheço isso. Para outros, talvez ainda haja dúvidas. Quem sabe eu precise deixar que a música fale por mim? No meu mundo, não há responsabilidade mais imensa do que assumir a bateria ao lado de Pete e Roger. O peso dessa responsabilidade é enorme e eu sinto cada grama dele. O que quero dizer a todos os fãs é que farei tudo o que estiver ao meu alcance para honrar o legado do The Who, de Zak, Kenney Jones, Simon Phillips e a memória do grande Keith Moon. Ver meu nome ser mencionado numa frase como essa, literalmente, me arrepia. Sei que preciso conquistar essa honra. Como esta será a última vez que Pete e Roger farão uma turnê pelos Estados Unidos, tocando as maiores músicas já compostas, darei a eles cada segundo do meu tempo, cada batida do meu coração e cada gota do meu suor e sangue. Esse é meu objetivo maior.

Mas essa turnê não é sobre mim ou sobre qualquer outra pessoa além do The Who, que SÃO Pete e Roger. Vou entregar tudo o que tenho a eles — e o resto, em breve, será história. Obrigado por ler até aqui. Agora vou ali vomitar.”

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