Ozzy Osbourne morreu aos 76 anos nesta terça-feira (22). Segundo comunicado, o cantor, que lidava com a Doença de Parkinson há anos, estava cercado da família. Ícone do heavy metal, o artista ganhou fama mundial como vocalista do Black Sabbath e também como artista solo, lançando álbuns clássicos como “Blizzard of Ozz” (1980) e “Diary of a Madman” (1981) .
No último dia 5 de julho, o Madman fez sua despedida dos palcos em Birmingham, na Inglaterra. Em uma de suas últimas entrevistas, concedida em maio a respeito do Back to the Beginning, o Príncipe das Trevas reforçou que, realmente, não voltaria à estrada. E fez uma reflexão a respeito do futuro.
Ao jornal The Guardian, o astro afirmou que seu maior desejo era passar o resto da vida com a família.
“Eu adoraria dizer ‘nunca diga nunca’, mas depois dos últimos seis anos ou mais… está na hora [de me despedir dos palcos]. Vivi na estrada por uns 50 anos e meio que me acostumei a não pegar minhas malas e pegar o ônibus de novo. Sou meio caseiro. Nunca saio. Nunca vou a bares – não bebo. Então, o que diabos me espera? Detesto ir às compras com minha esposa. Sinto vontade de me esfaquear no pescoço depois de meia hora. Mas está na hora de passar um tempo com meus netos, não quero morrer em um quarto de hotel em algum lugar. Quero passar o resto da minha vida com minha família.”
Inclusive, Osbourne chegou a comentar a respeito de partir após o último show. À SiriusXM (via The Mirror), afirmou que “por bem ou por mal, eu vou fazer esse maldito show nem que seja a última coisa que eu faça”.
Anteriormente, à Rolling Stone em 2023, acrescentou:
“Se eu não puder continuar fazendo shows com regularidade, só quero estar bem o suficiente para fazer um show em que eu possa dizer: ‘Oi, pessoal, muito obrigado pela minha vida.’ É para isso que estou me esforçando, e se eu cair morto ao final disso, morrerei um homem feliz.”
Por fim, chegou a pontuar para a Kerrang em 2022:
“Vou me dedicar 110% para voltar aos palcos. O tempo é meu bem mais valioso agora. Tenho 73 anos. Não acho que estarei aqui daqui a 25 anos. Tenho um objetivo: voltar aos palcos. Fiz minha última cirurgia em junho, não posso passar por mais nenhuma. Então, o que eu fizer a partir de agora depende totalmente de mim. Mesmo que eu consiga fazer apenas um show e depois cair, [terei conseguido]. Mas eu sei que vou continuar. Sei que posso vencer isso. Sei que posso voltar ao palco. Só preciso sair do sofá e correr atrás. Bem, aos 73 anos, olho para trás na estrada e vejo tantos [amigos que se foram]. Antes era um por ano. Agora, é mais como um por mês. E eu só penso: ‘Espero que minha vez não chegue!’. Mas, seja como for, se eu cair morto agora — se for o fim — pelo menos não posso dizer que tive uma carreira entediante!”
