Quem foi Eunice Paiva, figura retratada em “Ainda Estou Aqui”?

Na próxima semana, teremos a estreia de “Ainda Estou Aqui”, novo filme do diretor Walter Salles. Quem protagoniza o longa-metragem é Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva. Mas, afinal, quem foi Eunice e por que é relevante retratar a trajetória desta figura?

Em suma, o projeto baseia-se no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, publicado em 2015. Conhecemos mais sobre suas memórias de infância, especialmente em relação ao seu pai, o ex-deputado federal Rubens Paiva, e sua mãe, Eunice. Quando o patriarca vai até o DOI-CODI prestar depoimento à Polícia e nunca mais volta, torna-se tarefa da mãe assumir a responsabilidade pelos seus 5 filhos.

Em frente a esta tragédia, no entanto, Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva torna-se muito mais do que a esposa de Rubens ou a mãe de Marcelo, mas sim uma importante ativista por direitos humanos. Ela retorna à faculdade, forma-se em Direito, e torna-se uma das pioneiras em direitos indígenas do Brasil.

Seu trabalho no ramo jurídico foi tão grande que, em 1988, atuou como consultora para a construção da Constituição Federal, conhecida também como Constituição Cidadã.

Além disso, Eunice trabalhou ativamente na resistência à Ditadura Militar de 1964. Ela influenciou, inclusive, a promulgação da Lei 9.140/95, que reconhece como mortas as pessoas desaparecidas em razão de participação em atividades políticas durante a ditadura militar.

O diretor de “Central do Brasil”, além disso, explora a trajetória de Eunice e conta detalhes da sua vida em “Ainda Estou Aqui”. A estreia acontece no dia 7 de novembro. A Alpha já teve a oportunidade de assistir ao longa-metragem. Clique aqui para saber mais. Relembre o trailer abaixo:

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