Steve Hackett tem comemorado sua trajetória no Genesis com apresentações de álbuns completos dos triunfos da era dos anos 70, como “Foxtrot”. Embora tenha deixado o grupo, em 1977, ele relembra com carinho as músicas que fizeram juntos, descrevendo a época como uma “era de ouro”.
Sobre Steve Hackett e o Genesis
“Não há dúvida sobre a parceria de uma banda quando todos estão dançando juntos e há uma telepatia virtual acontecendo”, disse o instrumentista ao Ultimate Classic Rock. “Esses momentos, sem dúvida, são insubstituíveis e eu tive isso com o Genesis. Houve certos momentos em que a música estava literalmente surgindo sozinha de tão natural.”
O Genesis nasceu em 1967, com quatro membros fundadores, Anthony Phillips, Peter Gabriel, Mike Rutherford e Tony Banks, ainda sem Steve. Posteriormente, depois de algumas saídas e decisões delicadas, o restante do grupo resolveu se manter vivo. Assim, Hackett juntou-se a tempo para “Nursery Cryme”, de 1971. Depois foi a vez de “Foxtrot” que foi seguido por uma série de quatro álbuns consecutivos que venderam como ouro. Em suma, destacamos “Selling England by the Pound”, de 1973, e “The Lamb Lies Down on Broadway”, de 1974. Além disso, Hackett lançou um álbum solo, “Voyage of the Acolyte”, de 1975 , antes de sair na sequência de “Wind and Wuthering”, de 1976.
“Houve um aspecto de claustrofobia que invadiu meu tempo com o Genesis”, disse Hackett. “Eu tive que trabalhar fora da banda. Acho que se você está se sentindo criativo e tem aquele álbum, livro ou filme dentro você, você não quer deixar isso apodrecer. Você tem que divulgar isso.”
Sem dúvida, a banda se tornou uma sensação da cultura pop mais tarde. Afinal, todos os LPs subsequentes liderados por Phil Collins ganharam disco de platina e multiplatina, foi a era do renomado músico. Ainda assim, Hackett não se arrepende de ter saído.
O último LP do guitarrista continua nas paradas
“Se você olhasse para a situação em termos financeiros, você teria dito: ‘Sim, mas você poderia pagar o Palácio de Buckingham agora se tivesse ficado com a banda'”, admite Hackett. “Mas, por outro lado, a música é sua própria moeda. É o que nutre você, se você precisar.”
Além de curtos períodos de colaboração com figuras como Steve Howe e Chris Squire, Hackett permaneceu como artista solo. Seus últimos seis lançamentos alcançaram o Top 40 britânico – incluindo seu mais recente, “The Circus and the Nightwhale”.
“Genesis estava se tornando uma banda muito restrita e estava afetando minha capacidade de dormir”, diz ele. “Eu sofri por deixar a banda por uns bons dois anos e então pensei: ‘não, preciso dar um voto de confiança neste momento.’ E não há dúvida de que tomei a decisão certa.”