Superintendente do Ecad: ‘streaming é mudança excepcional e deve gerar 500 milhões em 2024’

O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) inaugurou nesta quarta-feira (17) a nova sede em São Paulo. O espaço na Avenida Paulista, usado pela entidade desde 1995, ficou cerca de quatro meses em reforma. A ideia era revitalizar a identidade do local.

Diretores do Ecad, representantes das sete associações vinculadas e até alguns artistas, como Simoninha e Paula Lima, estiveram no coquetel de inauguração. A reportagem da Alpha FM acompanhou o evento e entrevistou, de forma exclusiva, a superintendente do Ecad, Isabel Amorim, no cargo desde 2019.

“Muito feliz. Essa reinauguração é muito simbólica, porque essa nova “cara” do Ecad em São Paulo segue o padrão do Rio de Janeiro. Muito mais do que um projeto arquitetônico, é um projeto de maneira de trabalhar de uma maneira mais aberta, transparente e integrada. Então, para nós, é muito importante a gente valorizar o espaço dos colaboradores, o Ecad como entidade, estar mais próximos da sociedade”, contou Isabel Amorim.

O Ecad é responsável pela regulação dos direitos autorais dos músicos brasileiros. Conforme os dados do próprio escritório, foram distribuídos R$ 817 milhões para 315 mil artistas entre janeiro e junho deste ano. A unidade de São Paulo cuida da arrecadação dos recursos, enquanto a do Rio toma conta da distribuição.

“O mercado de São Paulo para nós é um mercado importantíssimo. O estado de São Paulo arrecada aproximadamente R$ 850 milhões por ano. Ou seja, quase metade da arrecadação de direitos autorais de execução pública no Brasil vem de São Paulo”, ressaltou a superintendente.

Streamings: capítulo à parte

O boom dos streamings, podcasts e lives revirou o trabalho do Ecad. Em São Paulo, os chamados “serviços digitais” responderam, em 2023, por 22% da arrecadação de direitos autorais, a maior participação. Na sequência, aparecem TVs (14%) e Shows e Eventos (7%). Isabel Amorim disse que a estrutura do Ecad ficou mais tecnológica para atender a essa demanda:

“A mudança do streaming é excepcional. Mudou não só a maneira como as pessoas consomem música e audiovisual, como a maneira como trabalhamos. Para nós, o volume de dados do digital nos obrigou a ter uma estrutura digital, operacional, de tecnologia infinitamente maior, porque eu sou obrigada a conseguir operacionalizar todos esses dados. O digital deve representar, em 2024, para o Ecad algo próximo de 500 milhões, e é um número que só cresce e deve seguir crescendo”, concluiu.

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