Mais de seis décadas em atividade, o The Who encerrou a turnê de despedida, “The Song Is Over Tour“, na América do Norte. O show final aconteceu na última quarta-feira (1º), na Acrisure Arena, na Califórnia.
Ao encerrar a apresentação com a faixa “Tea & Theater”, Pete Townshend e Roger Daltrey fizeram discursos para os fãs confirmando o encerramento da trajetória da banda.
“Eu suponho que, vocês sabem, é um adeus”, começou Townshend. “É isso mesmo. Para o que conhecemos como The Who, é um adeus. O que Roger e eu vamos fazer a seguir, quem sabe? Se durarmos mais um pouco, tenho certeza de que vamos aprontar todo tipo de travessura. Faremos coisas juntos, tenho certeza, compartilhando algumas coisas, vários pedaços e fragmentos. Mas para esse tipo de coisa, é um adeus. E vocês foram os últimos!”
Já o vocalista usou seu espaço para agradecer à plateia: “Muito obrigada por terem vindo, muito obrigada pelo apoio ao longo de todos esses anos, significa muito para nós. Era o sonho de toda banda nos anos 60 fazer sucesso nos Estados Unidos, e graças a vocês, vocês tornaram isso possível para nós. Muito obrigada!”
O que o The Who vai fazer após o fim da turnê?
Numa recente entrevista ao site da organização AARP, o guitarrista Pete Townshend adiantou quais são os planos futuros da banda após o término da excursão. Na resposta, revelou que pretende realizar performances solo e que isso não significa o término definitivo do The Who:
“Planejo experimentar alguns shows solo. Roger e eu certamente trabalharemos juntos em ações de caridade e, possivelmente, em projetos especiais. Juntos, representamos todos os aspectos do legado do The Who. Sabe, eu sou o compositor e criador, mas o Roger tem sido a força motriz, no sentido de manter a banda The Who e a sua marca no caminho certo. Mesmo com seu trabalho solo, continuaremos a colaborar, mesmo que raramente socializemos.”
Inclusive, o artista planeja transformar o romance “The Age of Anxiety”, disponibilizado em 2019, em um disco – algo que já havia contado à época de lançamento, descrevendo o vindouro projeto como uma “instalação de arte operística” e “último grande trabalho solo”:
“Quero continuar sendo criativo. Tenho músicas em vários estágios de desenvolvimento, 140 faixas prontas para serem lançadas. Para o disco baseado em ‘The Age of Anxiety’, tenho 26 músicas.”


