Universal Music busca revogar medida que proíbe a reprodução de música de Adele

A briga de Adele na Justiça brasileira teve novos desdobramentos. Em fevereiro deste ano, o compositor brasileiro Toninho Geraes acusou a cantora de ter plagiado a música “Mulheres” (1995) por meio da faixa “Million Years Ago” (2015).

Nesta última segunda-feira (16), o juiz Victor Torres, da 6ª Vara empresarial do Rio de Janeiro, vetou a reprodução e comercialização da canção de Adele nas plataformas de streaming sem a autorização de Toninho.

No entanto, não acaba por aí. A Universal Music, uma das acusadas no processo e detentora da Sony Music, que representa a britânica, se manifestou sobre o ocorrido. De acordo com Ancelmo Gois, para o Globo, a empresa nega a possibilidade de plágio. “Em essência, ao fato de diversas músicas utilizarem um clichê musical conhecido como Progressão de Acordes pelo Círculo de Quintas”, disse a defesa.

A Universal alega que a liminar é “desproporcional e provoca dano inverso aos réus”. Eles completam afirmando que a suspensão de “Million Years Ago” “acarretará prejuízos econômicos significativos e comprometerá a liberdade artística dos envolvidos”.

No Brasil, o uso da faixa, atualmente, pode resultar em uma multa de R$ 50 mil. Além disso, a decisão judicial vale para outros 181 países, os membros signatários da Convenção de Berna. Isso porque o documento internacional, recentemente assinado pelo Brasil, protege as produções literárias e artísticas das nações envolvidas, como disse o advogado de Geraes ao Estadão.

Sobre a decisão da Justiça do Brasil sobre a canção de Adele

A princípio, o juiz Victor Torres divulgou a sua decisão do caso nesta semana. Assim, a proibição da veiculação da canção ocorre por “forte indício de quase integral consonância melódica” entre as duas músicas, segundo o juiz.

Em entrevista à revista Veja em julho deste ano, Geraes revelou que pede indenização de R$ 1 milhão à Sony e à Universal, além do produtor e do coautor Greg Kurstin e, claro, da própria Adele.

Por fim, sobre a decisão de seguir em frente contra uma multinacional, o compositor afirma: “Muitos brasileiros são lesados porque não têm coragem de encarar. Esse meu processo é uma forma também de incentivar outros brasileiros que foram plagiados.”

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