Em 25 de junho de 2009, o mundo se despediu de uma das maiores lendas da música. Após sofrer uma parada cardíaca por intoxicação de remédios, Michael Jackson, conhecido como o “Rei do Pop”, nos deixou aos 50 anos de idade.
Dono de um legado que ultrapassa gerações, o cantor detém, até hoje, o álbum mais vendido da história, “Thriller” (1982). Além disso, segue influenciando novos artistas, como The Weeknd e Bruno Mars, e exercendo impacto na música, na dança e no entretenimento.
Antes de morrer, o artista já tinha ideias para novos projetos que, infelizmente, não se concretizaram. Confira três deles abaixo:
Espetáculo “This is It”
Após oito anos afastado dos palcos, Jackson planejava voltar com uma série de shows inovadora. Basicamente, o Rei do Pop realizaria 50 apresentações na The O2 Arena, em Londres, Reino Unido, com o espetáculo “This is It”.
Sobretudo, as performances aconteceriam entre julho de 2009 e março de 2010. Conforme comunicado, os shows prometiam “um retorno explosivo com uma banda do mais alto calibre, um espetáculo com tecnologia de última geração e incríveis atos de abertura”. Poucos dias antes da estreia, o astro faleceu.
Com direção de Kenny Ortega, foi lançado um documentário de quase duas horas com parte dos ensaios em outubro de 2009. Ademais, uma compilação de mesmo nome, com as músicas que ele cantaria na turnê, também chegou aos fãs.
Álbum com participação de Will.I.Am
O Rei do Pop também criava um novo disco. Em 2008, Ne-Yo revelou para a Variety que já trocava ideias com Jackson, provavelmente para o álbum em questão – que nunca saiu com o artista em vida.
De qualquer forma, seu espólio resolveu lançar de maneira póstuma o projeto “Michael” (2010), com algumas das canções idealizadas pelo artista. Porém, Will.I.Am, envolvido originalmente, não quis que suas contribuições fossem para o material, já que o trabalho não foi concebido com a aprovação de Jackson.
De acordo com o The Guardian, o integrante do Black Eyed Peas gravou pelo menos três músicas com o Rei do Pop: “Dreaming”, “Still the King” e uma homenagem a James Brown chamada “I Will Miss You”. No entanto, afirmou que, sem a autorização de Jackson, elas nunca serão lançadas. “Ele ficou com os vocais e eu fiquei com a música. Tínhamos esse entendimento.”
“Seria algo de outro mundo. Era algo que o Michael nunca tinha feito antes – um álbum de música dançante. Eu estava muito orgulhoso disso. Ele era muito protetor e mantinha tudo trancado a sete chaves. Depois que terminamos, eu precisei devolver cada demo. Ele era perfeccionista e não queria que ninguém ouvisse até que estivesse pronto”, contou Will.I.Am ao Daily Mirror.
Numa entrevista mais recente, o membro do Black Eyed Peas revelou um detalhe inédito da letra de “Dreaming”. Segundo ele, a faixa traz uma referência à canção “I Can’t Wake Up” de KRS-One.
Filmes inspirados em suas músicas
Michael também queria aventurar-se no cinema. Um texto escrito por Taj Jackson, seu sobrinho, revelou que o Rei do Pop pensava em projetos para as telonas.
“Desde os meus 20 anos, meu tio e eu sempre nos incentivávamos mutuamente a nunca desistir do sonho de um dia fazer filmes. Esse foi um dos laços mais fortes que compartilhamos. Mais tarde, ele chegou a querer se tornar meu parceiro nessa jornada de fazer cinema juntos. Na verdade, as últimas palavras que ele me disse foram… ‘Depois disso, vamos fazer filmes’; Nunca vou esquecer o olhar dele quando disse isso. Até hoje, consigo fechar os olhos e reviver aquele momento. Infelizmente, nunca conseguimos realizar nosso sonho de dirigir um filme juntos. Pouco tempo depois, meu tio foi tirado do mundo.”
Segundo Taj ao jornal Colombus Monthly, a ideia era que as produções fossem inspiradas nas músicas do cantor, incluindo “Smooth Criminal”. “[Michael] simplesmente adorava a tecnologia e queria fazer algo inovador com ela.”
