Por Claudio Dirani
Na primeira parte de nosso bate-papo com Tony Bellotto ele conta como será o show em São Paulo e também como anda o projeto ao lado de Beto Lee – o mais novo Titã
Boa leitura!
Na próxima quarta-feira, 13 de Abril, a banda comemora 35 anos de carreira no Teatro Opus, aqui em Sâo Paulo. O que esperar dessa apresentação histórica?
– Tony Bellotto: Quem for ao teatro vai poder ver uma amostra dos Titãs nesses 35 anos e ainda ouvir músicas que não tocamos há muito tempo, como “Isso”, “Enquanto Houver Sol” e muitas outras… O show também vai ter formatos alternados, com performances ao violão e piano em um clima bastante intimista.
Você revelou que as novas canções serão parte de uma “ópera rock”. Alguma inspiração no The Who?
TB: Não tem uma inspiração direta na banda, mas claro: Tommy é a grande ópera-rock da história e ainda teve a coincidência de termos sido convidados para tocar no dia do The Who no Rock In Rio, Não dá para esquecer também do que fizeram Pink Floyd (The Wall) e Green Day (American Idiot). Estamos bem inspirados para fazer esse trabalho, que vai ser uma referência no Brasil.
E quem mais colabora com o projeto?
TB: Para montar o texto do espetáculo estamos trabalhando com o autor Marcelo Rubens (Feliz Ano Velho) Paiva e Hugo Possolo (diretor do grupo de teatro Parlapatões). As canções juntas vão contar uma história. É um projeto que deve sair até o final do ano – ou mais tardar, no início de 2018. Sem dúvida é projeto que estamos cuidando com muito carinho por ser a primeira ópera-rock brasileira.
Qual a participação dele nesse álbum?
TB: Tanto ele como o Mário Fabre (baterista) são agora membros efetivos do Titãs. O Beto é um cara que se adequou muito bem ao grupo. Adoramos o jeito dele tocar. Digamos que estamos bem “azeitados” no palco.
Como será o papel dele na substituição do Paulo Miklos? Por ele ter sempre sido um músico muito visceral nos Titãs teria de ser alguém que já “entrasse para jogar”. Não dava para ser um treino…
TB: Concordo com você. Mas o Beto se encaixou muito bem com a gente. Inclusive ele tem contribuído muto para as novas músicas que vão estar na nossa Ópera-Rock.
Além das três músicas divulgadas (“12 Flores Amarelas”, “Me Estuprem” e “A Festa”) que estarão no repertório do show no Opus como o processo de composição tem evoluído?
Nós vamos tocar três nesse show, mas já temos 20 canções para o novo álbum. Você quer saber alguns nomes? Bem temos “Canção da Vingança”, “Nada Nos Basta”, “Fim de Festa”, “Weird Sisters”… Muita coisa boa ainda vai aparecer. Estamos pensando também em fazer um ensaio aberto para os fãs antes do espetáculo estrear.
Isso é uma das formas da banda de continuar a ser criativa.
TB: Acho que é sempre legal buscar formas diferentes de atuar. Muito fácil para um grupo como os Titãs, com tanto tempo de estrada, cair numa fórmula. Gravar, compor para tocar no rádio… Quando você consegue quebrar isso, mostrando músicas que as pessoas não conhecem é uma forma nova de atuar. Tentar buscar para ressaltar a criatividade – é algo que falta em geral para o rock brasileiro.
A seguir, confira nossa entrevista com Tony Bellotto com comentários sobre todos os álbuns dos Titãs lançados em 35 anos.
Para ouvir o áudio sem edição da primeira parte clique aqui: